O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o objetivo de qualificar o ensino técnico no Maranhão, realizou visitas em várias instituições públicas e privadas que são referência no país. A proposta foi conhecer o modelo curricular e pedagógico dos cursos e aplicar no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).
As visitas foram realizadas no mês de setembro e outubro por uma comissão de gestores e funcionários da Secti, que conheceram 13 instituições como escolas técnicas de Blumenau (Santa Catarina), institutos federais em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e cursos técnicos na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, além de outros locais. 
Segundo o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Jhonatan Almada, o Iema vai completar dois anos de existência e é necessário buscar parcerias consolidadas com outras instituições. "Essa troca de experiências fortalece, por isso que escolhemos algumas instituições do país que tenham grande expertise, um trabalho acumulado em diversas áreas e que pudesse nos auxiliar na implantação do Iema", relatou. 
Os cursos visitados nestas instituições estão presentes em vários segmentos como curso técnico em equipamentos biomédicos, em cerveja e malte, em energias renováveis, em telecomunicações e outros. De acordo com Almada, a ideia é conhecer esses cursos que não existem no Maranhão para que, futuramente, possam ser oferecidos no estado, dependendo do arranjo produtivo. 
"Temos a intencionalidade de oferecer esses cursos, pois entendemos que fortalecerão a produção, estimular o nascimento de novos arranjos produtivos, desenvolver competências técnicas que não temos e que importamos de outros estados. Queremos ampliar a empregabilidade de jovens que estudam no Iema, que terão perfil profissional diferente. Então, por isso, fomos buscar esse conhecimento em vários cursos fora do estado", explicou. 
O secretário ressaltou que após ter essas informações sobre o modelo curricular dos cursos, o perfil dos docentes, os laboratórios e equipamentos necessários e a relação com o mundo produtivo será feito um planejamento dos cursos que serão ofertados no Iema em 2017, além de serem realizadas audiências com a participação da comunidade. 
De acordo com o pró-reitor de ensino do Iema, Elinaldo Silva, as audiências públicas com a participação da sociedade são importantes porque trazem as necessidades de cada município. "Estamos em fase de estudo e as audiências nos ajudam a observar cada município, para a implementação dos cursos que já estamos avaliando e discutindo". (Safira Pinho)