O vice-governador Carlos Brandão esteve na capital paulista nessa terça-feira (30) para participar da abertura oficial do Fórum Brasil de Investimentos 2017, promovido pela Apex-Brasil, agência de exportações do Governo Federal. Também acompanharam as discussões os secretários estaduais Pierre Januário (Programas Especiais) e Simplício Araújo (Indústria, Comércio e Energia), e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago. O Fórum reuniu gestores de setores públicos e privados do Brasil, além de investidores estrangeiros.
Ao longo da programação oficial, direcionada a investimentos no país, os participantes não deixaram de abordar os temas ligados ao ambiente de governabilidade e as reformas políticas em andamento. Em todos os debates, os empresários e investidores ressaltaram a capacidade produtora do país, o que mantém o Brasil como alvo de investimentos estrangeiros e possibilita uma conjuntura positiva sobre o país no mercado internacional.
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luís Alberto Moreno, compartilhou a experiência vivenciada pela Colômbia, seu país de origem, e afirmou que o Brasil transmite a confiança de enxergar os cidadãos que exigem transparência e probidade de seus governos. "Os países que não avançam são os que se aferram a modelos que não funcionam; os que não se animam a mudar, e os que não chegam a grandes consensos sobre reformas fundamentais. O Brasil não está nessa categoria", afirmou.
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento definiu o momento vivenciado no Brasil como sendo comum a toda a América Latina. "Para alguns, esta crise que o Brasil tem atravessado é um sinal de alerta, mas aqui também tenho uma perspectiva diferente. Eu acredito que este é um ponto de inflexão não apenas para o Brasil, mas para toda a América Latina", destacou.
Maranhão no Fórum
O Porto do Itaqui tem protagonizado muitas ações pró-desenvolvimento econômico no Maranhão. "Fomos um dos stands mais visitados durante o Fórum", observou o vice-governador Carlos Brandão. "Seja pelo seu calado ou pela sua perspectiva de expansão de serviços, o fato é que o Porto do Itaqui tem merecido atenção dos outros estados brasileiros e até mesmo de outros países de olho nos avanços do setor portuário maranhense", observou.
O otimismo marcou também as avaliações dos secretários Simplício Araújo e Pierre Januário a respeito do evento. "No meio da tormenta política e econômica é fundamental mostrar aos investidores nacionais e estrangeiros que o país tenta manter uma agenda positiva de reformas e tem grandes oportunidades à disposição do capital privado", defendeu Simplício.
Pierre complementou a análise de Simplício afirmando que o Maranhão apresenta diversas oportunidades para investimentos e parcerias. "Na abertura do evento conversei com um diretor de uma multinacional do setor farmacêutico que demonstrou interesse em conhecer o nosso estado e suas oportunidades para parcerias, sobretudo nas pesquisas sobre doenças tropicais", situou. Para ele, esse tipo de diálogo é fundamental para concretização de novos negócios.
Lançamento do Fundo Brasil-China
Já anunciada pela imprensa nacional desde a semana passada, a expectativa para a concretização do Fundo, que tem aporte de US$ 20 bilhões para obras de infraestrutura em território nacional, durou até a tarde dessa terça-feira.
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira; o secretário de Assuntos Internacionais, Jorge Arbache; e representantes do governo chinês formalizaram o mecanismo de cooperação destinado a financiar projetos considerados de interesse comum para o Brasil e a China. O Maranhão pode ser um dos beneficiados pelo Fundo, já que dispara no cenário nacional nas grandes negociações com os chineses para o estado.
Presenças governamentais
Além de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, a abertura oficial do Fórum de Investimentos que acontecerá até amanhã teve a participação do presidente da República, Michel Temer; do presidente do Senado, Eunício de Oliveira; do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; do ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores); e do prefeito de São Paulo, João Doria. (Aline Cristina)
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