Detentos de todo o Maranhão estão participando de iniciativas de ressocialização adotadas pelo governo Flávio Dino, por meio da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Sejap), em projetos de humanização de execução penal. Internos de Unidades Prisionais já estão trabalhando com artesanato e o cultivo de hortaliças, e há também dedicação aos estudos.
Na Unidade Prisional de Bacabal, o diretor José de Ribamar Mendes de Souza informou que o cultivo de hortaliças é feito por presos do regime semiaberto. Durante períodos de chuva, a produção é grande e os presos cultivam feijão e milho, além de hortaliças. O resultado do plantio é fornecido para a cozinha da Unidade Prisional, para as famílias dos presos, e, também, vai para a comercialização. Quando há venda, a renda é revertida para os familiares.
“O comportamento deles melhorou muito. Os presos se sentem úteis, sabendo que, mesmo encarcerados, têm uma maneira de ajudar no sustento de suas famílias. Além disso, ocupam seu tempo e têm a diminuição da pena. Eles ficam mais tranquilos”, disse o diretor.
Em Açailândia, os detentos desenvolvem o cultivo de hortaliças e produzem artesanato. Neste momento, a atividade principal é o artesanato, feito com palitos de picolé, churrasco e papel. A produção é entregue aos familiares, que vendem e complementam a renda mensal do lar. Nos dias de visita, há a demonstração deste trabalho e os familiares negociam entre si os produtos.
Na mesma unidade, 25 presos estão envolvidos em atividades de escolarização. “A incidência de faltas disciplinares por parte dos presos que executam alguma atividade, seja ela laboral ou educacional, é quase zero. Avaliamos de maneira positiva que a ocupação possibilita que o preso execute a pena de maneira adequada”, registrou Bruno Marcus Costa, diretor geral do presídio.
“Dentro de algum tempo, também poderemos apresentar melhores resultados sobre o trabalho de humanização com detentos, pois agora contamos com equipe multidisciplinar com psicóloga, assistente social, enfermeiros, e analista penitenciária jurídica para selecionar grupos de presos e fazer trabalhos específicos, detectando carências e trabalhando-as de forma efetiva”, completou Bruno Costa.
“Temos, ao todo, 1.219 detentos desenvolvendo algum tipo de atividade profissional ou educacional, proposta pela pasta, em todo o estado. O foco do governo Flávio Dino é humanizar o sistema prisional, e essa humanização está intrinsecamente ligada à qualificação profissional dos apenados”, adiantou o secretário de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.
Em São Luís, o Governo do Maranhão já deu início a um dos maiores projetos do sistema prisional do Estado, desde o início do ano: a revitalização estrutural do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com mão de obra dos próprios internos. Há menos de dois meses eles iniciaram a construção da primeira fábrica de blocos de concreto e meio-fio.
“Todos ganham, nesse processo. Ganha o preso, pois demonstra sua capacidade profissional e diminui sua pena; ganha o próprio complexo penitenciário, pois recebe um novo aspecto estrutural; e ganha o Estado, que cumpre o seu dever”, lembrou o titular da Sejap.
“O número de pessoas que hoje estuda e trabalha nas unidades prisionais é o reflexo do trabalho das direções dos presídios e dos servidores, que entenderam e absorveram como meta aquilo que o Governo do Estado deseja para o sistema prisional maranhense: que é dar uma nova perspectiva às pessoas que estão privadas de liberdade”, completou o secretário.
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