Com a proximidade do período pré-carnavalesco, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), reforça a campanha de prevenção à transmissão do vírus HIV e demais doenças sexualmente transmissíveis. O Ministério da Saúde adotou este ano uma abordagem diferenciada com foco na Prevenção Combinada, que consiste em informar as pessoas sobre as várias formas de prevenção e oferecer a elas a possibilidade de escolher e combinar as ações preventivas que melhor se adequem às necessidades individuais.
A Prevenção Combinada trabalha com oito formas de prevenção ao HIV, que devem ser escolhidas e associadas por cada pessoa, de acordo com a situação vivida. São elas: preservativo masculino e feminino, redução de danos, testagem regular de HIV, exame de HIV e outras DSTs no pré-natal, profilaxia pré-exposição (PrEP), profilaxia pós-exposição (PEP), diagnóstico e tratamento de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e tratamento para todas as pessoas.
A superintendente de Atenção Primária em Saúde da SES, Silvia Viana, alerta que a prevenção deve ocorrer todos os dias e deve ser adotada de forma individual. "Cada pessoa precisa adotar um conjunto de medidas preventivas para se proteger corretamente. O Ministério da Saúde denominou de Prevenção Combinada para que fique claro que existem prevenções paralelas, além do uso da camisinha, como a realização de profilaxias antes e depois de relações sexuais suspeitas e redução de danos que é evitar o uso de seringas reaproveitáveis e reutilização de objetos cortantes", explicou a superintendente.
O chefe do Departamento de Atenção DST/Aids da SES, Orlando Frazão, ressalta que o principal objetivo da Prevenção Combinada é conscientizar as pessoas que os preservativos masculino ou feminino não são as únicas formas de prevenção. "Não podemos de forma alguma deixar de utilizar preservativo, seja ele masculino ou feminino, mas também não se pode desconsiderar que existem outros métodos e medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que podem proteger a pessoa da infecção pelo vírus. Como exemplo, a profilaxia pós-exposição e a realização de testes para o HIV, sobretudo no início do pré-natal no caso das mulheres grávidas", detalhou Orlando Frazão.
A profilaxia pós-exposição (PEP) se aplica tanto aos casos de acidentes com objetos perfurocortantes, como agulhas e seringas, ou em relações sexuais desprotegidas. Após a exposição, a pessoa tem de 4 horas a 72 horas para iniciar o tratamento com antirretrovirais por um período de 28 dias. Este tipo de tratamento impede que a pessoa se infecte com o HIV.
Além do uso do preservativo e das profilaxias, a Prevenção Combinada reforça a importância da realização dos exames de HIV e outras DSTs durante o pré-natal. "Se o resultado da mãe for positivo, há protocolos que podem impedir a transmissão do vírus para a criança. Além disso, quanto antes a pessoa souber que está infectada pelo HIV, pode iniciar precocemente o tratamento e evitar o desenvolvimento da doença", afirmou Orlando Frazão.
Preservativo no combate às ISTs
A campanha também chama atenção para o uso do preservativo como forma de proteção contra as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). A superintendente de Atenção Primária em Saúde da SES, Silvia Viana, afirma que ao evitar a aparecimento das ISTs, as chances de adquirir infecção pelo HIV reduzem consideravelmente. "Ao tratar uma dessas infecções transmissíveis, como clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital, diminui-se a chances de infecção pelo HIV, já que uma IST aumenta em até 18 vezes as chances de um indivíduo pegar o HIV numa relação sexual desprotegida", explicou Silvia Viana.
Distribuição de preservativos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), de janeiro a dezembro de 2016, distribuiu 18.094.474 preservativos para as 18 Regionais de Saúde do Maranhão, que, por sua vez, encaminharam os preservativos às unidades de saúde e escolas públicas. O quantitativo equivale a um investimento de R$ 1.896.650,17.
O estado oferece testes rápidos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de fácil acesso. Quando o diagnóstico é positivo, ocorre um tratamento mais adequado e, consequentemente, a redução da incidência do vírus. A SES reitera a importância da prevenção e dos testes rápidos, para que, nos casos diagnosticados, o tratamento seja iniciado de forma permanente, pois apenas o tratamento garante qualidade de vida aos pacientes e a redução significativa da cadeia de contaminação do vírus. As políticas de integração da saúde e a articulação da Atenção Primária e da Vigilância em Saúde proporcionam uma atenção redobrada, contribuindo com ações preventivas.
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