Os socioeducadores da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) iniciaram, na manhã dessa segunda-feira (25), na Escola de Gestão Penitenciária (Egepen), o Curso de Rotinas e Procedimentos de Segurança, ministrado por servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. O objetivo é a qualificação do trabalho de intervenção dos educadores sociais da fundação.
Ao todo serão beneficiados com o curso 350 socioeducadores, que serão divididos em turmas de 50 pessoas, durante sete semanas, e com carga horária de 50 horas/aula. Cada turma será instruída durante uma semana com aulas que acontecem diariamente. A proposta é dinamizar o aprendizado das ações a serem implantadas conforme a realidade do ambiente que abriga o menor infrator.
“A proposta não consiste somente em trabalhar a segurança, mas a segurança socioeducativa, o que nos conduz a peculiaridades da realidade do atendimento do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa”, pontuou o diretor da Escola de Gestão Penitenciária (Egepen), Fabiano Cavalcante.
Mesmo atendendo a públicos distintos, a presidente da Funac, Elisângela Cardoso, avalia a parceria com a Sejap uma oportunidade de aprendizado e de troca de experiências para os profissionais da socioeducação: “Acredito que essa experiência vai fortalecer as ações de segurança preventiva e interventiva nas unidades da Fundação, que contam com um Plano de Segurança que uniformiza os procedimentos a partir do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo [Sinase]. Nosso objetivo é qualificar esse atendimento e para isso, julgamos fundamental conhecer e adaptar à nossa realidade as experiências exitosas da Sejap”.
Durante o curso, os servidores da Funac serão instruídos em ética e cidadania, manuseio de instrumentos de segurança não letal, prática de revista nos internos e procedimentos de deslocamento de adolescentes internos. Além disso, ainda receberão aulas de mediação de conflitos e intervenção em crise.
A coordenadora de Projetos Socioeducativos da Funac, Nelma Silva, falou que a proposta contribui para capacitar os socioeducadores a lidarem melhor, no âmbito da segurança, com os adolescentes privados de liberdade. “A qualificação deles é de fundamental importância para melhorar todo o procedimento de segurança voltado ao adolescente interno”, afirmou Nelma.
O monitor de segurança, Ribamar Sousa, concordou com a coordenadora de projetos socioeducativos e acrescentou que o curso está sendo oferecido em momento oportuno. “Nós, que trabalhamos na fundação, queremos fazer nosso trabalho da melhor forma possível, e, este curso, com certeza, vem contribuir muito para isso”, finalizou.
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