Valorizar vocações locais e promover o desenvolvimento regional por meio da educação superior. Esses são alguns dos objetivos do Governo do Maranhão ao ampliar a política de regionalização da educação superior no estado. "A regionalização é uma medida fundamental para democratizar o ensino superior, considerando que o Maranhão é o estado com o menor número de pessoas com formação superior, na graduação, mestrado e doutorado", lembra o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada.
Exemplo de esforço do Governo do Estado para ampliar a oferta de vagas em consonância com as vocações regionais é a criação da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) pela gestão do governador Flávio Dino, seguindo a tendência de estados como Ceará, Pernambuco, Bahia e Paraná, que já colhem frutos da interiorização do Ensino Superior.
Estratégia adotada pelo Governo Federal, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e do Plano Nacional de Educação (PNE), a interiorização do ensino superior no país, principalmente em estados do Nordeste, ampliou o acesso à formação superior, garantindo a formação em graduações relacionadas às vocações econômicas das regiões em que as instituições foram instaladas.
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), órgão do Governo que coordena o Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia, ao qual está vinculada a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), tem o papel de orientar e subsidiar tecnicamente a criação da UEMASUL, e tem promovido o debate entre a sociedade e a comunidade acadêmica sobre o tema.
Criação aprovada na Assembleia Legislativa
Os deputados estaduais aprovaram, na sessão plenária de quarta-feira (26), o Projeto de Lei (PL) que dispõe sobre a criação da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão. Por unanimidade, os parlamentares acolheram o PL 006/2016, de autoria do Poder Executivo, que agora segue para sanção do Governo do Estado.
O governador agradeceu à Assembleia Legislativa pela aprovação da lei que cria a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão. "Esta é uma medida importante para democratização do ensino superior no Maranhão, um dos estados que menos tem alunos em universidades", ressaltou Flávio Dino.
De acordo com o deputado Marco Aurélio, há mais de 20 anos que a comunidade acadêmica da Região Tocantina luta e espera por esse momento de autonomia para a Universidade Estadual da Região Sul. Ele ressaltou que a atual dependência da Uema de Imperatriz em relação à reitoria que fica localizada em São Luís, retarda o desenvolvimento universitário para a região.
"Nós vamos ganhar uma reitoria presente. Vendo as necessidades e sendo cobrados todos os dias pela comunidade acadêmica. O que temos a ganhar? A nossa liberdade como região, o fortalecimento do nosso ensino superior", afirmou o deputado Marco Aurélio em discurso no plenário.
Diálogo com a comunidade acadêmica
Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC), realizada na semana passada, em Imperatriz, representantes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UNFSB), da Universidade Federal do ABC Paulista e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), em diálogo com a comunidade acadêmica maranhense, trocaram experiências e apresentaram modelos possíveis de instituições para que a comunidade acadêmica possa refletir e elaborar o seu plano orientador, documento de fundação da universidade.
"Estados que possuem universidades regionais vinculadas às necessidades das regiões, contribuem fortemente para o desenvolvimento local. O Governo do Maranhão decidiu regionalizar o ensino superior para que a universidade esteja muito mais próxima das demandas da região, alinhada aos arranjos produtivos locais e aos interesses da sociedade", ponderou Jhonatan Almada.
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