Com o maior índice estiagem registrado nos últimos anos, o Maranhão obteve percentual de quase 60% de seca extrema. Para monitorar a incidência do fenômeno, o Governo do Maranhão, por meio do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos, lançou, nesta terça-feira (04), o estudo "Análise da Incidência da Seca e Estiagem no Estado do Maranhão".
Realizado pelos pesquisadores Ribamar Carvalho e Yata Anderson Masullo, a pesquisa analisa os indicadores socioambientais que influenciam a incidência de seca e estiagem no território maranhense, a partir de uma abordagem sistêmica e multidisciplinar, sendo uma ampliação de estudos sobre focos de queimadas já realizadas pelo Imesc.
Segundo o geógrafo do órgão, Ribamar Carvalho, o Maranhão não se diferencia da realidade da maior parte da Região Nordeste, que possui como uma das suas principais características ambientais a problemática da seca. Mesmo com uma considerável rede hídrica, não é suficiente para suprir a necessidade do estado, devido aos tipos climáticos com um período chuvoso de chuvas mal distribuídas e outro período seco, fato que agrava a ocorrência de secas e estiagens.
O Maranhão possui características ambientais bem diferenciadas ao longo do seu território, em relação a fatores climáticos, a mesorregião Leste é a que mais próxima do clima semiárido nordestino e assim a mais propícia a processos de estiagem.
Segundo o estudo, em agosto deste ano, poucas chuvas contribuíram significativamente para ampliar a área de seca extrema, avançando para as regiões centrais e sul do estado. Além da agricultura de grande porte como o agronegócio, os pequenos agricultores também sofrem com perdas de suas plantações e animais.
"No último mês tivemos o maior índice de estiagem no Maranhão com uma porcentagem de 57% com seca extrema, colocando em risco a população, produção agrícola e rebanhos", pontuou Ribamar Carvalho.
Diante dessa realidade, os oitos municípios entraram em situação de emergência decorrente da estiagem, desses, três sofreram com maior incidência dessa problemática no ano passado: Chapadinha, Tufilândia e Formosa da Serra Negra. Cinco municípios já figuraram nessa lista de estiagens em anos anteriores: Balsas, Paraibano, Pastos Bons, São João dos Patos e Sítio Novo.
Para encontrar a pesquisa completa, basta acessar o link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/1/111
Outras publicações sobre o tema
O Imesc realiza também o monitoramento de incidências dos focos de queimadas no Maranhão, com a publicação trimestral do Relatório de Queimadas Maranhenses abrangendo todo o território maranhense.
O órgão disponibiliza ainda, estudos trimestrais sobre incidências de focos de queimadas nas 21 Terras Indígenas do Estado. Todos esses trabalhos estão disponíveis no site do Imesc acessando o endereço: www.imesc.ma.gov.br (Camila Carneiro)
Publicado em Regional na Edição Nº 15726
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