Governador Flávio Dino, ao lado do secretário Jefferson Portela, entrega Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro e mais de 700 rádios digitais criptografados APCO 25

O Maranhão possui novo sistema de comunicação integrada e análise de dados na área de Segurança Pública. Nessa segunda-feira (7), o governador Flávio Dino entregou o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro e conheceu o novo sistema de radiocomunicação, já em funcionamento, entre as forças policiais do estado.
“Passo a passo nós avançamos na direção correta, com ações concretas, de combate à criminalidade. Temos investido em equipamentos de segurança, como a aquisição de novas viaturas, sistema de comunicação digital e formação de novos policiais. Vamos continuar ampliando as ações de prevenção e combate à corrupção”, disse Flávio Dino.
O secretário de Segurança, Jefferson Portela, destacou algumas ações implementadas este ano, como os mais de 1.500 novos policiais que estarão nas ruas a partir de janeiro de 2016, a aquisição de 300 novas viaturas, o novo sistema de comunicação digital e o laboratório contra lavagem de dinheiro. Participaram do evento, os coronéis Ismael Fonseca (subcomandante da PM-MA), Célio Roberto (comandante do Corpo de Bombeiros-MA), o delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros e o deputado estadual Othelino Neto.

Laboratório contra a Lavagem de Dinheiro
O delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros, explicou que o principal objetivo do laboratório é viabilizar as investigações que trabalham com grande volume de dados, na área financeira, com cruzamento de contas, mas, também, com o advento dos sistemas eletrônicos.
O Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro conta com uma equipe especializada da Polícia Civil, vinculada ao núcleo de inteligência, que participou de treinamentos e cursos específicos nacionais para a personalização dos mecanismos de busca e filtro, por exemplo.
Os policiais que atuarão no setor manipularão softwares avançados de cruzamento de dados, análise de vínculos e ferramentas de pesquisa para geração dos chamados relatórios palatáveis, mais condensados e refinados, que vão facilitar e agilizar as investigações, além de colaborar para a recuperação de ativos oriundos de crimes.
O espaço está equipado com computadores de alta performance com tela duplicada e oito softwares, que trabalham os dados de maneira integrada. Cada licença de software custa, em média, R$ 300 mil. Para a implementação do laboratório, o Ministério da Justiça forneceu capacitações e maquinário necessário, enquanto o poder público estadual ofereceu os recursos humanos e o espaço físico.
De acordo com o delegado geral, o laboratório traz mais agilidade e fortalece o combate à impunidade. “Anteriormente, havia tentativas mais limitadas para gerar os relatórios de forma amadora, com programas rudimentares ou contávamos com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público para este trabalho. Agora, teremos mais agilidade porque documentos que demorariam meses para serem avaliados poderão ser em dias, o que representa um ganho na gestão de investigação criminal, e, mais ainda, na produção de provas para que o judiciário e o Ministério Público promovam a responsabilização, a fim de que os processos-crimes andem mais rápido”, apontou Augusto Barros.

Radiocomunicação
Nessa segunda-feira (7), mais de 700 rádios digitais criptografados APCO 25 entraram em funcionamento, a partir da entrega oficial dos equipamentos e início de uso do novo sistema pelas forças de segurança do Maranhão. O investimento total na aquisição do sistema é de R$ 8 milhões; antes a Polícia do Maranhão mantinha comunicação por meio de celulares comuns, sem a segurança devida para as operações policiais.
Dentre os diferenciais do novo modelo de comunicação integrada está a criptografia, que permite o acesso à comunicação apenas aos rádios habilitados, proporcionando a segurança da informação. A ambiência digital aperfeiçoa a qualidade do som distribuído, aumentando a clareza e a velocidade do entendimento entre os usuários.
“Sabemos da importância de manter comunicação rápida, segura e integrada para a realização efetiva das ações táticas. Como líder de mercado nesse segmento, nosso objetivo é de fornecer sempre tecnologias e equipamentos de ponta que façam a diferença nas operações dos nossos clientes”, ressalta Elton Borgonovo, diretor da Motorola Solutions no Brasil.
São 150 rádios nas unidades policiais fixas, outras 270 em viaturas – unidades móveis – e mais 350 rádios portáteis, que permitem o uso em deslocamento. Duas estações repetidoras – que somam 18 canais – foram instaladas: uma no Ciops e outra nas proximidades de São José de Ribamar, para que houvesse cobertura estabelecida em toda a região metropolitana. O sistema integra a Polícia Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros, amplia a agilidade e reduz o tempo de resposta.