Ministério da Saúde mudou o Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2016

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), informa que, em nota divulgada pelo Ministério da Saúde (MS), nesta primeira semana do ano foram informadas as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2016.
A alteração se refere às doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV. As mudanças, realizadas pelo Ministério da Saúde, começaram a valer a partir da última segunda-feira (04).
A coordenação da Política Nacional de Vacinação é de responsabilidade do Programa Nacional de Imunização (PNI), da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS. O PNI adquire e distribui os imunobiológicos e institui o calendário de vacinação, além de definir estratégias de vacinação para crianças, adolescentes, adultos, idosos e povos indígenas, com vacinas normalizadas em calendários de vacinação específicos para cada grupo.
Segundo a coordenadora do Departamento de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES/MA), Helena Almeida, é de extrema importância que haja atenção para as mudanças, uma vez que apenas a administração correta das vacinas garante a imunização.
“Quando é implantada uma vacina é importante que o esquema seja completado para garantir a prevenção. Se começar o esquema e não completar, não há proteção. Por isso, a importância de seguir a administração conforme é determinado pelo MS”, explica Helena Almeida. 
A vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) passa a ter duas doses no esquema vacinal, e não três como anteriormente. “A menina deve receber a segunda dose seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose”, explica a coordenadora. Ela ressalta que quem não receber as duas não estará imunizada. No entanto, as mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Na vacina contra pneumonia, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina 10 valente, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomada até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
Administrada aos seis meses, a terceira dose da vacina contra poliomielite, deixa de ser Vacina Oral contra Poliomielite (VOP), e passa a ser Vacina Inativada contra Poliomielite (VIP). Sendo assim, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
Em relação à vacinação contra meningite, haverá mudança na meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
Também houve alteração da faixa etária para imunização contra Hepatite A, que passa a ser dose única aos 15 meses, podendo ser administrada até os 23 meses. Essa mudança é para reduzir o número de vacinas injetáveis administradas em uma mesma visita ao serviço de saúde, e o desconforto decorrente delas. É importante destacar que as mudanças não comprometem o propósito de proteção da criança.