Foram abertas 21.112 novas empresas no Maranhão, entre janeiro e setembro desse ano, um aumento de 11%, em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte desses novos negócios são micro e pequenos empresas na área de serviços, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Junta Comercial do Maranhão (Jucema). “A aposta do mercado local representa um dado positivo se considerarmos a crise econômica de proporções internacionais. Paralelamente, o governo Flávio Dino está oferecendo um cenário mais favorável com medidas de diminuição da burocracia para abrir um negócio e de estímulo ao investidor”, ressaltou o presidente da Jucema, Sérgio Sombra.
A maior parte destas novas empresas está no ramo de restaurantes, padaria, salões de beleza, lanchonetes, comércios de miudezas e os chamados secos e molhados. “O Maranhão é um dos poucos do país em que os índices de emprego tiveram crescimento e estes novos negócios têm influência direta neste cenário, assim como as ações e políticas de Governo do Estado para estimular os investidores”, disse Sombra. Ele atribuiu o aumento do número de empresas às medidas editadas pelo Governo do Estado no intuito de facilitar o registro com foco na diminuição dos trâmites burocráticos e no estímulo aos investimentos.
A instalação e a simplificação do registro de empresas, a instituição da Tabela do Simples e a criação de um conselho empresarial são algumas destas medidas. Um dos mais relevantes é a agregação do Simples Nacional, que reúne em um só os vários impostos, diminuindo a carga de tributos e a burocracia para as empresas. Dessa forma, os investidores pagam menos impostos e têm maiores chances de se manter no mercado. “Esses empreendimentos representam um estímulo para a economia e impulso no setor empresarial para a maior geração de emprego e renda aos municípios”, avaliou.
Sombra afirmou, ainda, que o empresário está mais consciente sobre o mercado e mais informado sobre o negócio que pretende empreender. “Há um perfil bastante diversificado de investidores e, de maneira geral, quem aposta em um negócio hoje faz não só por necessidade, mas também por vocação. Sabem que precisam conhecer a área onde vão atuar para que tenham sucesso e solidez”, analisou Sombra.
As empresas de constituição familiar são a maior parte dos novos negócios. Para Sombra, um dado também positivo. Segundo ele, estes empresários estão se qualificando e exigindo também de seus integrantes mais conhecimento e capacitação no ramo do negócio. Ano passado, eram 19.157 os empreendimentos em atividade no estado; este ano, aumentaram para 21.269.
Mudança de mentalidade
A mente do futuro investidor mudou e há uma melhor preparação para estabelecer a atividade, acentuou Sombra. Uma mudança que pode fazer a diferença para que a empresa tenha vida longa, considerando os índices de fechamento que chegam a 30% no primeiro ano de vida; 24,4% em até dois anos; e em cinco anos esse índice sobe para 86%, segundo os Indicadores de Micro e Pequenas Empresas na Economia, do Sebrae, divulgado ano passado.
O presidente da Jucema orienta que o investidor siga algumas regras que podem somar para garantir o crescimento e sobrevivência do negócio. Entre elas, planejar o negócio, conhecer o mercado, controlar as finanças, qualificar a equipe, se dedicar ao negócio e estar sempre se atualizando na área. “A experiência de fechamento de um negócio fez com que o empresário se preparasse melhor para um novo investimento”, salientou Sérgio Sombra.
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