"Impressionante e engrandecedor", foi assim que o estudante de psicologia da Gilcenio Junior, que acaba de regressar do intercâmbio em Halifax, na província canadense de Nova Escócia, definiu a experiência com o programa Cidadão do Mundo, do Governo do Estado. Ele e outros 69 jovens que participaram da segunda edição do programa, tendo a oportunidade de estudar, por três meses, inglês e francês no Canadá, e espanhol na Argentina, foram recebidos pelo governador Flávio Dino, na manhã desta quarta-feira (12), no Palácio dos Leões.
O governador pôde ouvir o que foi a experiências destes jovens, que disseram não imaginar que teriam a oportunidade de realizar o intercâmbio internacional sem essa iniciativa pioneira da atual gestão estadual. Para Flávio Dino, a permanência deles em outros países possibilita que sejam estudantes melhores, com mais habilidades, e, no futuro, profissionais com mais chances e cidadão mais completos, com uma experiência cultural diferente, portanto, aptos a ajudar na gigantesca tarefa de transformar o Maranhão.
"É um dos programas que faz parte deste esforço que nós estamos fazendo para qualificar a educação do Maranhão. O programa 'Cidadão do Mundo' tem a atribuição de garantir igualdade de oportunidades de chances para que jovens oriundos de escolas públicas também possam fazer intercâmbio no exterior. Essa, tradicionalmente, era uma oportunidade aberta apenas para quem podia pagar os valores e nesse programa do Governo nós estamos viabilizando que tenham essa oportunidade de aprimorar uma habilidade essencial para a carreira acadêmica e bom exercício profissional, cada vez mais exigida no mundo contemporâneo, que é o pleno domínio de uma língua estrangeira", pontuou o governador.
Dos 70 jovens que participaram do intercâmbio, 30 embarcam, no início de abril, para a província de Córdoba, na Argentina, 30 foram para a cidade de Halifax, para aperfeiçoar o inglês e 10 foram estudar francês em Montreal, também no Canadá. Para esta edição, foram selecionados estudantes, de 18 a 24 anos, de 17 diferentes municípios, oriundos de escolas públicas ou de entidades paraestatais sem fins lucrativos e que estão cursando ensino superior.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), o programa mais uma vez conseguiu dar oportunidade aos estudantes egressos da rede pública de ensino, para se aperfeiçoar em um segundo idioma em outro país com todas as despesas pagas pelo governo. "Os alunos da segunda edição neste momento concluem todo o processo de intercâmbio, e, agora, eles apresentam ao governador o que eles viram e viveram no Canadá e na Argentina, e relatam como essa experiência foi importante para eles. Na sequência, eles farão o trabalho de compartilhamento do conhecimento, que é devolver através de oficinas, seminários e cursos o que eles aprenderam para escolas, comunidades e instituição de ensino superior no Maranhão", contou o secretário de Estado Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada.
E esses são os planos de Gilcênio Junior. Natural de Pio XII, ele já tem projetos de voltar e repassar o que aprendeu aos conterrâneos. A mãe do estudante, Annes Lima Sousa, é quem está orgulhosa do trajeto do filho e nutre o desejo que muitos outros jovens possam ter essa oportunidade. "Isso foi muito significativo e fico vendo o momento que o governador fez isso, em que o país passa por tanta dificuldade econômica e política. Ele continuou segurando a peteca, investindo em educação, dando essa oportunidade valiosíssima aos nossos filhos, que a gente, como trabalhadores e sem ser ricos, não teria como proporcionar", defendeu a mãe do futuro psicólogo.
Durante a solenidade, foi assinada a carta de intenções entre o Governo da Província de Córdoba e o Governo do Maranhão com intuito de estimular e promover a educação e o turismo entre as partes.

1ª edição
Na primeira edição, foram 62 intercambistas finais, oriundos de 15 municípios maranhenses e que passaram três meses nos países: Canadá, Estados Unidos, Argentina e França. O investimento foi de R$ 2,9 mi, incluindo providências como passaporte, visto, passagem, material didático, seguro viagem, hospedagem em casa de família, suporte no exterior, além de uma bolsa de estudos, quitada via Fapema. O investimento deixou o Maranhão com o melhor custo benefício quando comparado ao investimento feito por outros estados que têm programas similares. (Mariana Salgado)