O governador Flávio Dino recebeu, na manhã dessa sexta-feira (8), integrantes do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Na discussão, além de questões importantes para o desenvolvimento social e agrário do Maranhão, foi debatida a execução do Programa de alfabetização de jovens, adultos e idosos, o ‘Sim, Eu Posso!’.
“Estamos avançando na nossa mobilização em torno da temática da alfabetização. Há um foco inicial nos 30 municípios do Plano mais IDH. Em alguns deles a estratégia envolve a parceria com o MEC (Ministério da Educação), que é o chamado ‘Brasil Alfabetizado’, em outros municípios essa parceria envolve a Universidade Estadual (UEMA) e o MST, com a aplicação do método conhecido internacionalmente, inspirado no grande educador brasileiro, Paulo Freire”, explicou o governador Flávio Dino.
O método de alfabetização, concebido pelo Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho de Cuba (Iplac), aliado aos círculos de cultura da pedagogia Freireana, visa alfabetizar em oito meses mais de 14 mil jovens, adultos e idosos em oito municípios maranhenses dos 30 que apresentam menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, esteve na visita ao Palácio dos Leões e exaltou a iniciativa. “Repassamos uma agenda de interesse do povo maranhense. Em primeiro lugar, o programa de alfabetização de adultos, no qual nós estamos empenhados para que oito municípios do Maranhão finalmente erradiquem o analfabetismo, que quem sabe seja a maior dívida social que os Governos têm como nosso povo”, opinou o líder do movimento.
O coordenador do MST Maranhão, Elias Araújo, explica que as ações do programa já estão em fase de implantação. “O ‘Sim, eu posso!’ está iniciado. Foi feita a primeira atividade nos municípios e o que se espera é que a gente possa fazer um diagnóstico, uma confirmação, dos dados de analfabetismos, e, de fato, deflagrar uma campanha de erradicação do analfabetismo”.
‘Sim, eu posso!’
Para efetivar o programa, ocorreu uma ação conjunta de mobilização entre as Secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), com a assessoria técnico-pedagógica do MST e Uema. O objetivo era a realização de visitas institucionais às prefeituras, câmaras municipais, entidades da sociedade civil, entrelaçando os atores sociais, para redução do analfabetismo no Maranhão.
E para avançar nas etapas de concretização do programa, a Seduc também já realizou a formação de 16 multiplicadores (coordenadores), que atuarão nos municípios beneficiados. Estes repassarão a metodologia de ensino aos alfabetizadores de turma nas cidades.
A próxima etapa da jornada ‘Sim, Eu Posso’, já nos municípios, terá duração de oito meses. Nos três primeiros, ocorrerá o processo de alfabetização em si. Nos cinco restantes, os recém-alfabetizados participarão de um processo chamado ‘Círculo de Cultura’, em que vencerão, também, o chamado analfabetismo funcional, e lhes permitirá fazer leituras críticas da realidade, tendo como referencial teórico os fundamentos dos círculos de cultura da Pedagogia Freireana.
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