O governador Flávio Dino falou ontem, durante entrevista, sobre as perdas fiscais no estado em face do coronavírus e projetou, o impacto econômico em torno de R$ 8 bilhões.
"A perda econômica no Maranhão deve chegar a R$ 8 bilhões, no que se refere a perda no Produto Interno Bruto (PIB). Não por causa das medidas, mas sim por conta da crise sanitária do novo coronavírus. Então R$ 8 bilhões de perda no PIB significa que nós estamos diante de um impacto fiscal de algo em torno de R$ 1,5 bilhão para o Governo do Estado", declarou Dino.
Desde que iniciaram as medidas protetivas, o governador afirma que cada nova decisão sobre a restrição na circulação de pessoas e do funcionamento do comércio é baseada nos dados epidemiológicos, analisados todos os dias pelo comitê científico estadual. 
"Não é meu desejo que atividades comerciais sejam interrompidas. Infelizmente são medidas necessárias neste momento, de grave crise sanitária, onde precisamos diariamente salvar cada vida que precisa de internações e leitos de UTI", disse o governador ao declarar que nenhum sistema de saúde do mundo está preparado para receber tantos pacientes ao mesmo tempo.
 
Sobre lockdown, governador diz que "O  mais importante é a adesão da sociedade"
Também durante entrevista, ainda nesta quarta feira (06) o governador avaliou como favorável, o 2º dia do lockdown na Ilha de São Luís. "Há grande participação das pessoas, elas têm colaborado e notamos isso nesses dois primeiros dias", disse o governador ao citar as barreiras e fiscalizações nos principais pontos das cidades que abrangem a Ilha de São Luís.
Flávio Dino classificou a decisão como "lockdown profilático", já que nas últimas semanas, São Luís chegou a ter mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, sendo que em alguns dias essa ocupação chegou a 100%. "Não chegamos ao caos e esgotamento total da nossa capacidade de atendimento mas estamos vivendo uma situação bastante difícil há algumas semanas", disse o governador. 
Ao ser questionado sobre as medidas adotadas quando houver descumprimento das novas regras, o governador falou que o caminho é a conscientização. "De forma geral há uma atitude de compreensão. Estão mantidas as atividades econômicas essenciais, como rodovias, portos, ferrovias. Temos sido cuidadosos, ponderados, agindo sempre com base no conhecimento científico, técnico e médico", disse Dino. (Com informações da SECAP)