Davinópolis - Nascida e criada em Davinópolis, a fisioterapeuta Keila do Beja (PTdoB) decidiu ser candidata a prefeita mesmo enfrentando adversários fortes. Ontem, disse porque ousou levantar-se como pré-candidata a prefeita de sua cidade.
Segundo ela, até hoje a ordem “natural” das coisas sempre foi: os pobres votam – os ricos se elegem; os jovens votam – os “experientes” administram; o povo vota – os políticos governam. Isso porque eles pensam: os pobres não sabem, os jovens não servem e o povo não pode.
“Essa ideologia nós é imposta para que a política continue sendo um privilégio dos que sempre estiveram no poder. Mas o resultado que essa ordem perversa nos trouxe, até hoje, foi apenas a ampliação das desigualdades, a corrupção generalizada e os interesses dos políticos e de seus financiadores serem postos em detrimento da vontade do povo”.
A partir deste pensamento, decidiu romper esse paradigma anunciando uma nova política e deseja ser a voz do povo que está silenciada, a voz do povo excluído que vem dos bairros, da zona rural, das comunidades e loteamentos de Davinópolis. “Essa voz que não tem sido ouvida pelos que hoje estão no poder. A voz do povo que cansou de promessas e quer atenção. É por esses motivos que serei pré-candidata”.
Motivada pelo pensamento de Paulo Freire, que ensina que “apenas os oprimidos podem libertar os oprimidos”, Keila questiona: “Quem melhor que o povo, que dorme nas filas dos hospitais para ser atendido, que enfrenta todos os dias um ônibus, que estuda nas escolas públicas sucateadas, que vive abandonado no esgoto e na lama, quem melhor que o próprio povo de Davinópolis para entender a necessidade de mudar tudo isso?”. A pré-candidatura tem essa função pedagógica: a de resgatar a autonomia do povo, de fazer o povo olhar para si mesmo e se enxergar como capaz de governar sua própria cidade, capaz de escolher seu próprio futuro e de dirigir suas próprias vidas.
“Não aguentamos mais ver governo entrar e governo sair em Davinópolis e nossa rua, nosso bairro, nossa cidade continuar do mesmo jeito. Cansamos de ser enganados com tantas promessas não cumpridas. Basta de tanta corrupção, está na hora de mudar”.
A pré-candidata afirmou ainda que “para nós do PTdoB todo poder emana do povo, e será para governar com o povo que nosso governo existirá. Uma gestão participativa, que possibilite que o povo escolha as prioridades e participe da elaboração do orçamento de forma participativa, será a espinha dorsal do nosso projeto de cidade. O povo será nosso maior aliado na implantação de nosso programa de governo”.
Quanto ao relacionamento com o Poder Legislativo, a presidente do PTdoB em Davinópolis disse que “é necessário acabar com a relação de subserviência que impera hoje. Nós do PTdoB acreditamos que sem oposição não há democracia, para isso é importante que a Câmara de Vereadores resgate sua autonomia e deixe de ser apenas mais uma ‘secretaria’ do Palácio da Batalha. Governaremos com o povo e todas as forças progressistas que desejam romper com a ‘velha’ forma de fazer política em Davinópolis. Esses serão nossos aliados”.
Ao avaliar a atual administração, foi direta: “Prometeu muito e fez pouco. A estrada para Água Viva continua sem asfalto, como sempre foi, falta Hospital, nos postos de saúde não se vê nem o mínimo pra oferecer. As ruas do centro em total decadência com buracos e lama, lixo espalhado na cidade. A juventude sem expectativa de melhora por não haver um plano pró-jovem na faculdade, não tem emprego, Davinópolis necessita 100% de Imperatriz pra emprego e atendimento na saúde. Não temos exames pra população, não tem geração de emprego, os outros bairros, como Santa Lúcia, nunca tiveram um projeto para beneficiar seu povo, as escolas sucateadas e os professores mal remunerados. A zona rural sempre no mesmo esquecimento do órgão público. Infraestrutura zero e o esporte que tanto alegra a população foi esquecido”. (Assessoria)
Publicado em Regional na Edição Nº 14369
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