São Luís - O São João se configura como a maior vitrine da cultura maranhense. Mas, do ponto de vista econômico, a festança movimenta o comércio e o setor de serviços na capital e nos demais municípios. É a certeza de retorno monetário a quem investe nos festejos juninos, caso de bares, restaurantes, hotéis, taxistas, artesãos e até vendedores ambulantes.
Retorno que é fruto principalmente dos investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secma), nos festejos juninos, em termos de infraestrutura e apoio logístico, disponibilizados. Este ano, em São Luís, foram 15 palcos oficiais e uma grande programação, que incluiu 2.146 apresentações de grupos culturais/folclóricos; 549 grupos de bumba meu boi, quadrilha, danças portuguesas, tambor de crioula e outros.
“No São João, evento mais importante e cultural do estado, o governo participa ativamente, desde a preparação dos grupos à infraestrutura oferecida nos arraiais aos maranhenses e turistas”, destacou a secretária de Estado da Cultura, Olga Simão.
A Praia Grande, por sua localização central, estacionamento e atrativo natural para maranhenses e turistas que a visitam por conta de seu casario histórico, foi um dos “arraiais” oficiais que mais receberam público neste São João.
Com cinco locais de apresentações (Casa da Cultura, Praça Nauro Machado, Valdelino Cécio, Praça da Faustina e Canto da Cultura) e programação centrada na diversidade cultural do estado, a festa na Praia Grande contribuiu para que comerciantes comemorassem o aumento nas vendas de alimentos, artesanato, bebidas e de demais produtos e serviços disponíveis no Centro Histórico.
“Nosso estabelecimento teve aumento de 15% nas vendas em relação a 2011. Além de turistas, muitos maranhenses compraram nossas peças de artesanato. Posso dizer que este São João foi um dos melhores em termos de lucros”, comemorou a gerente da Margó Artesanato, Dena Silva. A loja funciona há nove anos na Rua Trapiche, na Praia Grande.
Já o gerente do Bar e Restaurante Canto da Cultura, Jonny Alves, relata que, em comparação ao ano passado, as vendas de comidas típicas e bebidas tiveram um aumento de 30%. Apesar de ser bastante frequentado por turistas, ele diz que os maranhenses também compareceram todas as noites ao local.
A artesã Deyse Cristina Santos Alves, que mantém uma barraquinha próxima à entrada da Praia Grande, disse que a procura por suas peças foi igual ao mesmo período em 2011. “Tem vindo muitos turistas apreciar os nossos produtos. Em geral, chegamos aqui por volta das 14h e saímos às 23h30, quando o público já diminuiu e as vendas também”, revelou.
O taxista Walmir Silva, que trabalha no posto da Praia Grande há 15 anos, afirma que o número de passageiros aumentou desde o início da programação do São João. “Ano passado foi bom, mas 2012 está sendo melhor ainda. A todo momento tem gente procurando pela corrida de táxi”, observou.
Quem também não tem do que se queixar é o vendedor de água de coco, Christian Sousa, que trabalha com o pai na Praia Grande há mais de um ano. “O consumo tem sido bom. Quem mais procura pela água de coco são os turistas, mas os maranhenses não ficam atrás”, declarou o jovem.
Publicado em Regional na Edição Nº 14442
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