Mobilizados em defender projetos de promoção da cidadania, estudantes maranhenses componentes do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) foram recebidos pelo secretário de Estado de Educação, Danilo Furtado. O grupo que participou da visita à sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi composto pelo atual parlamentar juvenil do Mercosul, Bruno Noleto; a jovem senadora pelo Maranhão, Ana Paula Feitosa Freitas; a candidata selecionada na etapa estadual de 2014, Cindynéia Cantanhêde, e pelos ex-parlamentares, Adão Randerson Barros e Erislane Maciel, que sugeriu a criação do Parlamento Jovem Maranhense, por meio de uma parceria em prol de um trabalho positivo entre a secretaria e o legislativo.
Estudante do Centro de Ensino Epitácio Pessoa, escola da rede estadual localizada no município de Paraibano, o novo parlamentar maranhense a integrar o Parlamento Juvenil do Mercosul disse que se sentia honrado em representar o Estado para dar continuidade aos trabalhos iniciados por seus antecessores em defesa da melhoria da educação brasileira, especialmente a maranhense.
Bruno Noleto defende a melhoria da infraestrutura das escolas públicas para que a educação se desenvolva de forma ágil e ocupe novos espaços para que os jovens possam expor suas ideias em defesa da formação de uma nova sociedade e não apenas para o mercado de trabalho.
A defesa de seus projetos será apresentada em viagens a Brasília (julho) e Bueno Aires (agosto), quando será feita a seleção de jovens representantes para participar no encontro regional a efetuar-se na cidade de Montevidéu.
A candidata selecionada na etapa estadual de 2014, a estudante do CE Liceu Maranhense, Cindynéia Ramos Cantanhêde, se considera uma vitoriosa na disputa porque a sua função é erguer a voz para que todos os estudantes sejam ouvidos, independente da candidatura, e não se trata de uma questão pessoal. Embora não tenha sido eleita, ela promete se empenhar e continuar participando de outros projetos em defesa da melhoria da educação.
Para Cindynéia Cantanhêde, a ideia de fortalecimento dos parlamentos jovens é expressivamente aguda porque não tem como se discutir a melhoria dos indicadores educacionais apenas no campo da política partidária e das casas legislativas, explicando que quem vivencia as dificuldades da educação são os jovens que precisam ser ouvidos para dizer o que poder ser melhorado.
Em fase de conclusão de seu mandato no Parlamento Juvenil do Mercosul, a representante maranhense de Sucupira do Norte, Erislane Maciel, avalia como uma experiência gratificante o intercâmbio com outros participantes para despertar o espírito de liderança, debater política e fortalecer a luta por uma educação de qualidade. Ela sugeriu, durante o encontro com o secretário Danilo Furtado e o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, a criação do Parlamento Jovem Maranhense, por meio de uma parceria em prol de um trabalho positivo em defesa do crescimento dos indicadores educacionais.
Disse que em dois anos de mandato influenciou de maneira positiva no surgimento de novos líderes jovens em suas cidades no interior maranhense e a criação de entidades estudantis em parceria com as prefeituras.
Para Erislane Maciel, a escolha de Bruno Noleto, que descobriu o projeto Parlamento Juvenil do Mercosul a partir da divulgação do trabalho, é considerada “um fruto concreto” de sua dedicação. Ela ressaltou ainda que a participação da sessão da Assembleia Legislativa foi uma demonstração evidente de que os deputados estaduais estão interessados em conhecer a linguagem dos jovens em defesa da educação de qualidade.
O grupo de parlamentares que participou da visita defendeu ainda a participação dos jovens, que desde o período do governo militar vêm sendo preparados apenas para a disputa do mercado de trabalho. Ela lembrou que apenas recentemente foi autorizado o voto facultativo para os jovens a partir de 16 anos, que não foram preparados para o exercício da democracia em um pais capitalista.
Seleção
O processo de seleção estadual dos jovens parlamentares é realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que ainda fornece total apoio aos jovens no desenvolvimento das atividades inerentes ao exercício parlamentar, como as assembleias do parlamento nas cidades de origem dos estudantes e um espaço para que jovens do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Uruguai possam refletir sobre a escola média que desejam para que suas vozes sejam ouvidas no Parlamento do Mercosul.
O Parlamento Juvenil do Mercosul nasceu como o objetivo de abrir espaços de participação para que os jovens troquem ideias, dialoguem e discutam sobre temas que tenham profunda vinculação com suas vidas presentes e futuras.
Após as participações feitas nas distintas equipes de trabalho, inicia-se uma nova etapa para o Parlamento, destinada a recuperar as contribuições e propostas feitas até esse ponto. Então se abre um novo grupo de troca chamado “A escola que queremos”. (J França)
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