Corretores de imóveis em visita a O PROGRESSO

Hemerson Pinto

O momento não é favorável à aquisição de imóveis novos ou usados, mas não significa que é necessário abandonar o sonho da casa própria. Pelo contrário, é hora de se organizar e acompanhar a movimentação do mercado imobiliário para no momento certo colocar as mãos na chave da mais nova conquista.
Em visita à redação do jornal O PROGRESSO, o especialista em negócios imobiliários Ivaldo Garros conversou com diretores e jornalistas e aproveitou para alertar o nosso leitor. “O momento é de cautela. Essa situação não pode perdurar por muito tempo, então não abandone o sonho da casa própria, aguarde um pouco”, declara.
Segundo o especialista, em uma visão macro, o momento atual do mercado imobiliário no Brasil e no Maranhão é o mesmo, de queda da realização de negócios devido a retração nas linhas de crédito, considerando que 95% dos negócios imobiliários realizados no país são por meio de financiamento.
“Hoje, existe a retração nas linhas de crédito pelos grandes bancos oficiais e realinhamento concessão de crédito pelos bancos particulares sem esquecer da alta de juros, que é determinada pelo Banco Central. Isso afeta a nós corretores, pois se há uma retração de crédito, há também uma retração de sonhos”, afirma, acrescentando que o principal agente financeiro no caminho para a casa própria, a Caixa Econômica Federal, que detém 80% dos financiamentos bancários, alinhou-se a um financiamento de até 50%.
“Estamos falando isso para imóveis usados. Para imóveis novos, 80%, e isso não está definido, podemos ter a surpresa de amanhã ou depois esse percentual baixar”, alerta Ivaldo.
É importante lembrar que a conquista da casa própria por meio de financiamento passa por um valor de sinal, aquela entrada ofertada pelo interessado, e depois o financiamento. Quando a Caixa Econômica Federal garantia o financiamento de até 90%, a entrada estava mais ao alcance do cliente do mercado imobiliário. Com a retração, o banco financia até 80% do valor do imóvel, no caso dos imóveis novos, e o cliente precisa entrar com 20%, o que pesa no bolso da maioria.
Ivaldo volta a afirmar: “Com a retração, vimos nossos volumes de negócios atingidos, assim como os sonhos de quem almeja um imóvel fugir da realidade. Nós precismos buscar novos meios. Quando o banco oficial se retrai no financiamento, o Bradesco, por exemplo, vai buscar espaço, o Santander vai buscar espaço e outras entidades menores assim também tão sérias, como a Poupex e tantas outras, vão buscar espaço. Para se ter uma ideia, o alinhamento da Poupex, fundo de Poupança do Exército, vem crescendo o volume de negócios e alinha com 90% da avaliação, com taxas de juros muito justas, menor que Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Pode ser a boa notícia o surgimento ou a aparição no mercado imobiliário de outros agentes financiadores do sonho de muitos brasileiros. “Nós temos que passar isso para a sociedade e buscar os meios para esse financiamento”.
Mesmo com uma queda de 50% no volume de negócios no mercado imobiliário brasileiro, nos grandes centros, o especialista no ramo afirma que Imperatriz ainda impressiona com a expensão no setor. Por isso a recomendação feita no início do texto: cautela e paciência.