O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), destinado a Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), que acontecerá na primeira quinzena de dezembro, terá a participação de 147 detentos do Sistema Prisional Maranhense. O exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
No Maranhão, as provas, coordenadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), acontecerão nas unidades prisionais.
De acordo com dados da Coordenação de Assistência e Educação da Sejap, em 2013, foram 19 detentos inscritos, o que representa um aumento de 689% nas inscrições se comparado com 2014.
“A elevação no número de inscritos é resultado do trabalho de ressocialização que vem sendo colocado em prática nas unidades, o que têm garantido aos presos acesso à educação”, frisou secretário de Estado de Justiça e Administração Penitenciária, Paulo Rodrigues da Costa. Ele informou que, no último ano, o número de polos de ensino básico nos presídios passou de 5 para 18 unidades.
Para o coordenador de Educação, Elias Ribeiro, os detentos inscritos poderão ser beneficiados com a certificação do exame. “Eles poderão receber dois benefícios, caso alcancem 450 pontos, na prova: o de conclusão do Ensino Médio e o de remissão de suas penas.
Segurança
Por questões de segurança e orientação do Ministério da Educação (MEC), as datas de provas não serão divulgadas. O horário obedecerá a mesma estratégia do exame do Enem convencional, iniciando às 13h (horário de Brasília), com duração em torno de 4h30.
As provas e a metodologia serão diferentes para os encarcerados, mas o conteúdo segue o padrão. Os internos responderão questões de linguagem (Português), técnicas (Matemática, Física e Química), conhecimentos naturais (Biologia e Geografia), e línguas estrangeiras (Inglês ou Espanhol), além da redação.
Os detentos participantes do Enem estão em seis das 15 unidades prisionais da Região Metropolitana de São Luís. No interior do Maranhão são 89 internos candidatos em dois municípios. “A proposta é incentivar cursos dentro do sistema carcerário e elevar o número de inscritos”, propôs o secretário Paulo Rodrigues da Costa.
Comentários