Açailândia - Debater a infraestrutura atual de Açailândia e identificar os principais gargalos para o crescimento e desenvolvimento do município, que possui o segundo maior PIB do estado e está recebendo empreendimentos de impacto para a economia local, como a Gusa Nordeste e o gasoduto da Transportadora Meio Norte.
Esse foi o objetivo do I Fórum Socioeconômico de Açailândia, encontro que reuniu empresários, entidades, sociedade e poder público na última sexta-feira (10), no município, no intuito de discutir ações de desenvolvimento sustentável para a cidade, principalmente nas áreas de infraestrutura, logística, qualificação profissional e meio ambiente.
O evento apresentou uma série de palestras sobre a economia do município, que possui um representativo parque industrial na área siderúrgica e é um dos que mais cresce no Maranhão.
“Sabemos que novas indústrias estão se instalando em Açailândia e algumas instaladas estão expandindo sua capacidade de produção. Hoje é um marco inicial, onde se cria o comitê socioeconômico para discutir, de fato, ações concretas para acompanhar o desenvolvimento que esses empreendimentos irão trazer para o município”, afirmou o superintendente corporativo do Sistema Fiema, Marco Antônio Moura, uma das instituições realizadoras do evento.
O superintendente, que representou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, no evento, apresentou todos os serviços oferecidos pelo Sistema Indústria (Fiema, Sesi, Senai e IEL) para elevar a competitividade da indústria local.
Só no último ano, a quantidade de turmas de qualificação profissional do Senai em Açailândia cresceu mais de três vezes e para 2012, novos cursos técnicos deverão ser implementados para atender à demanda. Moura citou ainda os investimentos previstos para a região, cuja instalação gerará oportunidades de emprego e novos negócios.
Um dos empreendimentos apresentados foi a expansão da Estrada de Ferro Carajás, que passa por Açailândia. O diretor regional de Relações Institucionais da Vale, Dorgival Pereira, informou que mais de 2 mil pessoas do município já tiveram empregos gerados na área da ferrovia.
“Com a expansão esperamos acrescentar mais de 14 mil empregos no estado do Maranhão. Grande parte desse quantitativo será empregada aqui em Açailândia”, afirmou.
Atualmente, existem em Açailândia mais de 40 indústrias ativas. O setor industrial contribui em 24% com o PIB do município.
Para o empresário local José Egídio Quintal, atuante no ramo da pecuária, imóveis e armazenagem, muitos entraves precisam ser superados na região e em todo o Maranhão. “O Maranhão sofre de falta de planejamento. Açailândia precisa definir uma política industrial adequada para aproveitar o potencial que ela tem, precisa melhorar o sistema urbanístico e fomentar os setores, poder público, para contribuir cada vez mais com o desenvolvimento do município”.
Participaram também do I Fórum Socioeconômico de Açailândia o vice-presidente da ACIA, Vanderley Trombela; o professor da Uema Açailândia, José Ribamar Ferreira Oliveira; o secretário municipal de Meio Ambiente, Benedito Galvão; o representante do IEL em Imperatriz, Eduardo Soares Sousa, e o gerente do Sesi e Senai de Açailândia, Juares Sanches.
O evento foi uma realização do Sistema Fiema, Sicam, Sifema, ACIA, CDL, SICA, STIMA, Sintrasema, patrocinado pelo Sebrae, ACIA, CDL, SICA, Banco do Nordeste, Sicam, Sintrasema, Sifema e Stima.
Publicado em Regional na Edição Nº 14328
Empresariado discute investimentos em Fórum de Açailândia
Entidades de classe e Sistema Fiema criaram o Comitê Socioeconômico de Açailândia para discutir ações concretas para o desenvolvimento do município
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