São Luís - O porto maranhense deverá saltar dos atuais 12,6 milhões de toneladas movimentadas em 2010, o segundo do país, para 79,7 milhões de toneladas em 2020 e assim alcançar a liderança nacional em granéis sólidos e líquidos. A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que trabalha no desenvolvimento e implementação do Planejamento Estratégico do Porto do Itaqui, quer torná-lo de classe mundial. O Itaqui é hoje o principal indutor do crescimento econômico do Maranhão, que tem previsão de investimentos da ordem de R$ 120 bilhões até 2016.
Para atender demandas atuais e futuras, a Emap atualiza o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) e o Programa de Arrendamento, investe na expansão da infraestrutura portuária, na modernização de equipamentos e no fomento de cargas em contêiner.
Atualmente, 50% da movimentação de carga no Porto do Itaqui são de derivados de petróleo, o que deve sofrer um incremento de 40% com a entrada em operação de um novo berço, de número 108, cujo processo de construção, no valor de R$ 80 milhões, será conduzido pela Emap.
O Plano de Negócios da empresa prevê uma nova matriz de carga com ampliação de linha regular de contêiner; a entrada em funcionamento do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no final de 2013, cujo processo licitatório está em andamento; e com a introdução de novos produtos como celulose e pellets, da empresa Suzano Papel e Celulose. A descarga de carvão para a MPX e de cobre e níquel para a Vale também influenciarão nesses números.
Dos R$ 120 bilhões esperados em investimentos, R$ 25,3 bilhões têm São Luís como destino e impactam direta ou indiretamente na atividade portuária. Mais de R$ 600 milhões estão sendo aplicados diretamente no Porto do Itaqui, como a construção de novos berços, reformas estruturais, Tegram e dragagem. Investimentos da Termoelétrica MPX Itaqui, da Vale e da Alumar, a duplicação da BR 135 pelo DNIT, uma fábrica de cimentos da Votorantim e a implantação da Dimensão Aços Planos também integram a lista.
Para atender à expectativa de crescimento do estado, a Emap elegeu um modelo de gestão que equilibra as questões econômica, política, social, cultural e ambiental. O Itaqui, por exemplo, está entre os cinco portos do país a possuir a renovação de todas as licenças ambientais para os principais projetos que estão sendo implementados.
Nos próximos 20 anos, há pelo menos 90 novos projetos que estão sendo vistos pela Emap como oportunidades de inovação. “Nosso objetivo é elevar o Complexo Portuário à categoria World Class (classe mundial), ter a liderança brasileira na movimentação de granéis sólidos e líquidos e o compromisso de gerar 6.500 empregos diretos e 32 mil indiretos”, destacou o presidente da Emap, o executivo Luiz Carlos Fossati. Ele participou, nessa terça-feira (29), como palestrante do I Seminário Internacional “Logística: Base para o Desenvolvimento Sustentável”, edição Maranhão, realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Até 2030, quando a meta é atingir uma movimentação de 149,7 milhões de toneladas por ano, a previsão é que o Porto do Itaqui acompanhe as tendências globais competitivas entre os portos, esteja alinhado ao desenvolvimento do Maranhão e do país, seja globalizado com prioridades locais e se transforme em um polo industrial e de logística funcionando 24 horas por dia. (Cíntia Machado)