Encontro debate eixos importantes para nortear a etapa nacional das conferências sobre Saúde das Mulheres e Vigilância em Saúde

O primeiro dia de programação do ‘7º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTTs)’, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e do Conselho Nacional de Saúde (CNS), no auditório Paulo Freire, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Campus do Bacanga, abrangeu discussões importantes para nortear as próximas conferências nacionais sobre Saúde das Mulheres e Vigilância em Saúde. 
O encontro é uma das etapas preparatórias que contribui para a qualificação da participação de seus representantes na ‘2ª Conferência Nacional da Saúde das Mulheres’, e da ‘1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde’, ambas a serem realizadas em 2017. O evento oferece suporte e norteia através da plenária quais os assuntos mais importantes a serem abordados.
“Dentro das duas temáticas, foram levantadas as principais discussões e propostas, do ponto de vista da assistência às trabalhadoras e da vigilância em saúde do trabalhador, para quando chegarmos à etapa nacional se tenha preestabelecido eixos importantes, de modo que as conferências tenham deliberações significativas para as intervenções do Ministério da Saúde”, explicou o secretário adjunto da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Marcelo Rosa.
Há 30 anos foi quando aconteceu a 1ª Conferência Nacional Sobre a Saúde das Mulheres. As questões de gênero, de acordo com levantamento realizado pelo MS, são motivos de adoecimento entre as trabalhadoras. Por isso, existe a necessidade dos serviços de saúde ter uma assistência voltada para elas.
“Teremos como tema central a ‘Integralidade com Equidade’, buscamos identificar porque as trabalhadoras adoecem e por qual motivo muitas morrem, além de buscar soluções de como fazer para superar essas causas. Trazer essa discussão para um Encontro como este é fundamental para iniciar essa mobilização”, considerou Carmem Lúcia Luiz, conselheira nacional de saúde e coordenadora da 2ª Conferência, prevista para agosto de 2017.
Giovana Maria Weber Zandona, coordenadora municipal da CISTT de Xanxerê, em Santa Catarina, participou da plenária e considera o 7º Encontro uma oportunidade de todos se apropriarem de conhecimentos. “Representantes de todo o Brasil estão reunidos aqui para ampliar a visão para todas as instâncias relacionadas à saúde do trabalhador e da trabalhadora. Temos visto importantes discussões como essa sobre a saúde das mulheres que baseará as etapas municipais e estaduais, antes da nacional. Para os conselhos e Cerests é uma forma de unir forças e pensar políticas públicas paras as mulheres”, pontuou.
Segundo a coordenadora da Política Estadual de Saúde do Trabalhador e chefe do Cerest Estadual, Adelany França, a saúde do trabalhador dialoga com todos os públicos, pois onde existe um trabalhador haverá alcance das ações. “Essa é a intenção desse 7º Encontro. Mostrar que a saúde do trabalhador possui uma transversalidade que perpassa em todos os pontos de discussão para compreender todas as necessidades de atenção. Além disso, buscamos a implementação da política dentro das conferências ressaltando a importância de falar sobre saúde do trabalhador, pois temos o trabalho inserido em todo o nosso cotidiano”, ressaltou.

Vigilância em Saúde

A 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde abrangerá todas as questões das vigilâncias, incluindo a Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat). Segundo Fernando Zasso Pigatto, conselheiro nacional de saúde e coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde, o debate é amplo e produz inúmeros sub-eixos para fortalecer as ações de vigilância.
“As etapas preparatórias são importantes para aperfeiçoarmos a discussão em torno do regimento da conferência. Nesse 7º Encontro surgiram temas relevantes sobre a Visat que serão incorporados aos nossos principais. Acredito que haverá grande participação dos trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos atentar para as ações de vigilância, também com caráter preventivo”, completou Fernando Pigatto.