Hemerson Pinto
As dificuldades enfrentadas nas comunidades indígenas do Sul do Maranhão foram pautas de uma reunião que aconteceu na manhã de ontem na Unidade Regional de Educação, com a participação da secretária de Estado de Educação, Áurea Prazeres, e representantes de aldeias localizadas na região de Montes Altos e Amarante do Maranhão. “Nossa aldeia solicitou uma audiência com a secretária e a resposta vamos levar à comunidade. Queremos aproveitar esse momento de um novo governo e cobrar a atenção aos indígenas, que precisam ser ouvidos, e saber o que podem oferecer para os indígenas no que está relacionado a educação de qualidade. Precisamos preparar os professores que atuam na educação indígena e garantir condições para se trabalhar e condições, no caso dos alunos, de estudar”, esclarece o representante indígena Lourenço Krikati.
Segundo a secretária Áurea Prazeres, é necessário reorganizar a educação escolar indígena no Maranhão. “Precisamos reverter esse quadro da educação indígena, não podemos continuar da mesma forma, pois existe uma defasagem de aprendizagem e no atendimento. Precisamos reorganizar a pauta da educação escolar indígena e só podemos fazer isso dialogando com o povo indígena”.
A secretária chegou a Imperatriz na noite da última terça-feira depois de sair de uma reunião em Brasília, no Ministério da Educação. “Existe uma discussão nacional sobre pontos que estão batendo na porta de todos os secretários de educação, desde a valorização do magistério, gestão educacional, a questão curricular e o financiamento da educação. Todo movimento estratégico ou de política pública educacional só tem sentido real se consolidar de fato com a aprendizagem do aluno em sala de aula”.
Segundo Áurea Prazeres, o Governo do Estado do Maranhão “está estruturando uma macropolítica educacional para fazer o diferencial e a mudança desejada por nosso povo, começando por tratar a escola com dignidade. Garantir ao educador a formação continuada e responder a necessidade pedagógica para melhorar o desempenho do educador em sala de aula, além de avaliar o ensino: o que o aluno aprende e o que não está aprendendo”.
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