Açailândia - Em reunião ocorrida na sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA) em Açailândia, representantes da DPE/MA, professores do Projeto Rondon, universitários e sociedade civil organizada discutiram ações de combate e prevenção ao uso de drogas e à exploração sexual de crianças e adolescentes no município. O encontro teve como pauta a criação de uma rede de atendimento interdisciplinar, envolvendo as diversas entidades governamentais locais. Para tanto, ficou estabelecida a elaboração de uma cartilha com a definição das funções institucionais da Defensoria Pública, Ministério Público, Judiciário, Polícia Civil e Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e de Especializado de Assistência Social (Creas).
Para o defensor público Bruno Joviniano de Santana, a criação da rede irá potencializar as ações de enfrentamento da prostituição infanto-juvenil e do uso de drogas em Açailândia. “O primeiro passo é a definição objetiva das atribuições institucionais de cada ator. Identificadas as competências, o próximo desafio é fazer com que todos trabalhem de forma integrada. O uso de drogas e a exploração sexual de crianças e jovens na cidade é questão de saúde pública. Seu enfrentamento exigirá o concurso de diversas ações. Não há soluções mágicas. O esforço é coletivo”, ponderou.
Representantes das instituições e entidades presentes também se comprometeram em acompanhar a criação do Conselho Municipal Antidrogas e verificar a possibilidade de criação do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-ad), como política inicial de atendimento ao dependente químico, com apresentação da instrução normativa que determina as exigências de criação pela Secretaria de Saúde, em parceria com o Conselho Municipal de Saúde.
Foram agendadas ainda reuniões na Câmara de Vereadores para dar continuidade às discussões e na Secretaria de Saúde, com a participação de representantes das entidades Bom Samaritano, Casa de Rute, Amor Exigente e Casa Lar Menina, para definir o papel de cada entidade no combate às drogas e discutir o apoio orçamentário às entidades. (Socorro Boaes)