Durante sessão plenária, realizada na manhã dessa quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB) apresentou proposição para a criação de um sistema de bonificação para os alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas do Maranhão.
O objetivo é facilitar o acesso dos estudantes maranhenses à universidade, bem como reter a mão de obra qualificada, dos profissionais formados na Universidade Federal do Maranhão, no estado do Maranhão. Marco Aurélio destacou que desde que o ENEM passou a ser porta de entrada para a Universidade Federal, em 2009, nota-se uma queda na inserção de maranhenses nos principais cursos da universidade federal do Maranhão.
“Em Imperatriz, por exemplo, na primeira turma de medicina da UFMA, apenas 10% dos alunos são da Região Tocantina. Sem contar que muitos alunos acabam abandonando o curso depois de passar em outros vestibulares na sua região de origem. Outro ponto negativo para o estado é a evasão dessa mão de obra qualificada, uma vez que após a formatura, grande parte desses profissionais acaba retornando para suas cidades ou estados”, alertou o parlamentar.
O deputado sugeriu que, a exemplo do que acontece em algumas universidades federais como Universidade Federal do Pará e Universidade Federal de Pernambuco, seja adotado o sistema de bonificação para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. Pelo sistema, estes alunos teriam uma bonificação de 10% em sua nota final do Enem, aumentando a probabilidade de ingresso.
É de responsabilidade da universidade, durante o credenciamento ao ENEM, a escolha da política afirmativa que será usada pela mesma. O objetivo do deputado é sensibilizar a universidade a implementar o modelo de bonificação aos alunos do Maranhão. “A Universidade Federal do Maranhão deve servir, sobretudo, aos maranhenses”, ressaltou o parlamentar.
Marco Aurélio informou que irá participar de audiência com o reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, para discutir a implantação desse sistema. “O objetivo não é ferir a isonomia, mas garantir que o aluno formado no Maranhão possa fortalecer a mão de obra de seu estado”, concluiu.
Publicado em Regional na Edição Nº 15288
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