O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, afirmou aos deputados da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados que não está sendo investigado nas atuais denúncias que estão sendo apuradas pela Justiça norte-americana, envolvendo um suposto esquema de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Ele voltou a afirmar que os contratos investigados não são da sua época como dirigente máximo da CBF, antes ele era vice-presidente, e acrescentou que, apesar de integrar o comitê da Fifa, jamais participou de negociações em torno da escolha de sedes de Copa do Mundo.
O dirigente da CBF se disse surpreso com as suspeitas levantadas em torno da escolha do Brasil como sede da Copa do ano passado, “já que o País era candidato único”.
Perguntado pelo deputado Alexandre Valle (PRP-RJ) se abriria mão espontaneamente dos seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, Del Nero afirmou que “deve ser cumprida a Constituição”, ou seja, ele admite a quebra desses sigilos somente com determinação judicial.

Modernidade

Marco Polo Del Nero afirmou que, no pouco mais de um mês que está à frente da entidade, tomou uma série de medidas para o “avanço e modernidade do futebol”.
Algumas ainda dependem de aprovação em assembleia, como a reforma do estatuto, que prevê no máximo uma reeleição para dirigentes da entidade, o que pode acabar com a possibilidade de dirigentes se perpetuarem no comando da CBF.
Há também medidas com foco em novos modelos de governança, prevenção à fraude e corrupção e projetos sociais.
Del Nero afirmou que essas providências não têm nenhuma relação direta com as recentes denúncias de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa). Segundo ele, tudo foi planejado no contexto do que ele chama de “nova CBF”. (Agência Câmara)