A Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) encaminhou oficio, nesta quarta-feira (06), à Secretaria Estadual de Saúde (SES) onde solicitou a instalação de Hospital de Campanha para tratamento de pacientes contaminados com o Novo Coronavírus no município de Santa Inês e região.
O documento assinado pelos defensores públicos da comarca José Maria Alves Filho, Uallasse Rocha Louzeiro, Giselle Queiroz Paula ressalta que o Hospital Macrorregional de Santa Inês, referência para tratamento do Covid-19, há apenas dois leitos de UT'Is, com respiradores, porém já ocupados, e 10 leitos comuns, dos quais somente quatro estão desocupados, mas havendo 14 pedidos para transferência de pacientes de cidades vizinhas.
Existem na comarca 37 casos confirmados de infecção pela Covid-19 e 247 pessoas com suspeitas, que estão sendo acompanhadas pelas autoridades de saúde local, e já computa um óbito. A cidade, distante da capital cerca de 250 km, conta com uma população de quase 100 mil habitantes.
Segundo a DPE de Santa Inês, que ainda conta com a atuação da defensora pública Cláudia Isabele Damous, a cidade possui localização estratégica na Região do Pindaré, o que poderia ser utilizado pelas autoridades da área como forma preventiva de possível colapso das redes públicas municipais da região, evitando, em consequência, êxodo de pacientes em busca de tratamento pelo interior maranhense e o aumento no número de óbitos.
Assim como foi feito em Açailândia, onde a Vale ajudou na implantação de unidade de saúde semelhante, os defensores públicos esperam que outras empresas possam contribuir com o Estado e a população para a concepção da ideia, colocando a Defensoria local como uma articuladora e mediadora do projeto.
Recomendações
O pedido da Unidade Emergencial de tratamento e de combate ao Novo Coronavírus foi encaminhado pouco depois de o Núcleo Regional da DPE em Santa Inês ter emitido recomendação à Secretaria Municipal de Saúde cobrando a prestação de informações relativas ao emprego de verbas públicas para ações de combate à epidemia. Tal pedido se deu por conta do aumento exponencial de casos, muito derivado da reabertura de comércios e outros serviços não essenciais. Até o momento, entretanto, não se obteve resposta.
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