O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), Cláudio Azevedo, comemorou o crescimento anual do valor dos financiamentos agrícolas no estado do Maranhão, sobretudo os recursos voltados para o agronegócio. Segundo ele, esse é um reflexo de que a agricultura praticada por médios e grandes produtores, ganha cada vez mais destaque no setor produtivo, que este ano prevê uma colheita de 4,3 milhões de toneladas de grãos. 

No caso do Banco do Brasil, a instituição atingiu o valor de R$ 1,004 bilhão em financiamentos agrícolas neste mês de maio, sendo R$ 510 milhões destinados à agricultura empresarial – em 2012 esse número foi de R$ 265 milhões -, R$ 493 milhões para a agricultura familiar, R$ 18 milhões para a agricultura de baixo carbono (ABC) – em 2012 o banco atingiu R$ 8 milhões em financiamentos - e R$ 1,6  milhão para a construção e ampliação de armazéns. 
O superintendente do Banco do Brasil, João Batista de Sá Ayres informou que o programa dos armazéns foi lançado em agosto de 2013. “Esse financiamento é fundamental para o escoamento da safra, porque o produtor pode conquistar um preço melhor e manter a qualidade do seu produto”, afirmou.
A Sagrima coordena o Grupo Gestor do Programa de Agricultura de Baixo Carbono no Maranhão, e atua para aumentar o número de financiamentos agrícolas. Serão capacitados, neste ano, 240 técnicos para a elaboração de propostas e orientação aos produtores sobre as vantagens da agricultura sustentável, que objetiva diminuir a emissão de gás carbônico.
No Maranhão, as principais práticas agrícolas que estão sendo incentivadas pelo comitê gestor para a baixa emissão de carbono são o plantio direto na palha, florestas plantadas, integração lavoura-pecuária-floresta e recuperação de pastagens.
Novos recursos - Para aumentar o crédito rural disponibilizado pela Caixa Econômica Federal voltado para o agronegócio maranhense, durante o Agrobalsas deste ano foi assinado um convênio entre a Sagrima e a Caixa. Durante reunião com o secretário Cláudio Azevedo para discutir a minuta do convênio, o vice-presidente da Caixa, Fábio Lenza enfatizou que a parceria vai otimizar ações de financiamento, levando benefícios aos produtores. “O Maranhão se destaca cada vez mais no cenário nacional e este é um momento de crescimento do estado, que se aponta como a mais nova fronteira agrícola do país”, afirmou.
Nova lei e Zona Livre de Aftosa - Cláudio Azevedo ressaltou que o aumento do crédito rural está chegando num momento oportuno, em que o Maranhão está cada vez mais se destacando no setor produtivo. E citou como exemplo, além da produção de grãos, o crescimento da produção de mel, e, mais recentemente, a classificação do Maranhão como Zona Livre Internacional de Febre Aftosa “Com esse status sanitário, a nossa expectativa é de que haja investimento em frigoríficos e na qualidade genética da pecuária maranhense”, disse o secretário.
A chefe da unidade regional da Aged, em Imperatriz, Teresa Satiko explicou que os criadores acessam os financiamentos para investimentos na aquisição de matrizes e reprodutores. “Com o certificado de zona livre, a tendência é de que esses financiamentos aumentem ainda mais”, afirmou.
Com a zona livre de febre aftosa, o Maranhão pode comercializar o gado com outros países e outros estados, e participar de feiras agropecuárias sem necessidade de fazer quarentena, por exemplo, o que vai despertar o interesse de outros estados em participar dos eventos agropecuários no estado, proporcionando ainda mais o melhoramento genético do rebanho.
Já com a sanção da lei que flexibiliza a regularização das agroindústrias, feita recentemente pela governadora Roseana Sarney, os donos de agroindústrias precisarão investir nos seus estabelecimentos. “A Aged já foi procurada pelos agentes financeiros que poderão entrar com o financiamento para a melhoria das instalações e compra de novos equipamentos”, informou o diretor geral da Aged, Fernando Lima. (Vitória Castro)