A construção de escolas vem transformando a educação no Maranhão. Com o programa Escola Digna, o Governo do Maranhão, por meio das secretarias de Infraestrutura (Sinfra) e Educação (Seduc), alcança todas as regiões com investimentos que vão além de um novo prédio escolar. O Escola Digna faz parte do plano Mais IDH, projeto do Governo Flávio Dino que leva aos municípios mais pobres do Estado ações nas áreas de Saúde, Educação, Infraestrutura, Assistência Social, Saneamento Básico, Cidadania, Esporte e Cultura, totalizando 23 iniciativas.
"Estamos semeando direitos, igualdade, justiça, dignidade. Eu estou mais feliz ainda porque vejo a alegria dos meninos, das meninas. Nós confiamos na educação como caminho de libertação", comenta o governador Flávio Dino.
Ao substituir escolas de taipa e de barro, o Governo busca ajustar uma negligência histórica. Em Peritoró, por exemplo, pais, estudantes e professores do povoado de Peritoró dos Pretos, comunidade quilombola a 17 quilômetros da sede do município, receberam com muita alegria a escola nova. A obra recebeu investimentos de R$ 388 mil e passou a abrigar com estrutura moderna, ampla e bem equipada a Escola Municipal Francisco de Assis, que antes funcionava em um barracão.
"Para nós do povoado, essa escola representa um sonho maravilhoso que se realiza hoje, porque a gente esperava há muitos anos por isso. As crianças estão muito felizes e a comunidade também", fala a professora Vera Lúcia Figueiredo da Silva.
O aluno Rafael Silva Neves conta como era a realidade em sala de aula: "Aqui não tinha banheiro, não tinha cadeira com mesinha, os quadros eram ruins, o chão era todo esburacado, as telhas quebradas. Quando chovia, molhava os livros, as cadeiras, a gente tinha que parar a aula para não se molhar", descreve.
Etapas
Mas para que a estrutura fique pronta para receber estudantes e educadores, ela passa por diversas etapas. Como a maioria das Escolas Dignas fica em povoados distantes da sede, por vezes o acesso é limitado, o que dificulta na hora de levar o material.
"Em áreas de dunas é complicado por causa do difícil acesso porque a areia é muito fofa. Até carro traçado tem dificuldade. As construtoras também têm dificuldades porque o caminhão não entra, até trator às vezes não entra. Isso dificulta por vezes o trabalho", descreve o engenheiro da Sinfra, Vinícius Costa.
Mariana Coelho também é engenheira da Sinfra e acompanha as obras na região da Baixada Maranhense. Como o lugar é bastante chuvoso, o trabalho tem que ser minuciosamente cronometrado.
"As áreas da Baixada são alagadiças e durante as chuvas, os povoados viram uma ilha. Dependendo das áreas, o pessoal leva de barco, canoa, em lombo de boi. A gente tem que levar todo o material antes de chover. Muito complicado", acrescenta Mariana.
Apesar de toda a dificuldade, Mariana destaca o sentimento de gratidão ao terminar a obra: "É muito bom ver o reconhecimento das pessoas com nosso trabalho porque nós vamos às comunidades muito distantes, muito precárias, que foram esquecidas por muito tempo. É muito gratificante".
Emprego e renda
Além da estrutura nova, os municípios também ganham nova renda. Cerca de 70% de todo o material mineral é comprado no município sede, o que influencia na economia local. Para o secretário da Infraestrutura, Clayton Noleto, o Escola Digna colabora de diversas formas.
"É um programa extraordinário substituindo escolas de taipa, de barro, cobertas de palha em povoados, em locais distantes, historicamente esquecidos pelas administrações públicas, que agora recebem esse investimento, esse benefício do Governo Flávio Dino. Além disso, as obras deixam melhorias também na economia do local, pois as pessoas são contratadas na própria cidade e os materiais também são comprados por lá. Essas ações influenciam de forma positiva nas regiões", reitera Noleto.
O secretário da Educação, Felipe Camarão, afirma que o programa busca transformar a educação do Estado: "O programa Escola Digna é forte e está presente em todo o estado. É um momento histórico, de transformação do Maranhão". (Jefferson Sousa - Secap)
Comentários