São Luís - A situação da nova adutora Italuís e os investimentos da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) para atender às demandas de água e esgoto no Maranhão foram alguns dos temas da primeira reunião do ano do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEMA (CTINFRA), dirigida pelo vice-presidente da entidade, José de Ribamar Belo.
A reunião de trabalho aconteceu na Casa da Indústria e reuniu diversos membros do Conselho Temático que ouviram do diretor presidente da CAEMA, engenheiro Carlos Rogério Santos Araújo, sobre investimentos da empresa estatal no estado.
"O Governo está investindo em saneamento em 143 municípios maranhenses, com foco especial nos 30 municípios com menor IDH, além de entregar kits sanitários para a população mais carente, garantindo dignidade", destacou Araújo que enfatizou que o Sistema Italuís tem condições de atender a toda a cidade de São Luís.
Italuís e novos investimentos - Questionado sobre a capacidade de atendimento por parte da CAEMA e do sistema Italuís caso se instalem grandes empreendimentos no Estado, Carlos Rogério tranquilizou os empresários e disse que já há uma série de investimentos iniciados pela companhia pensando nisso. "O Maranhão reúne as condições mais que satisfatórias para esses grandes investimentos e a CAEMA têm parte desses investimentos já constituídos para aplicar. Isso implica dizer que a CAEMA tem condições de dispor de até 8 metros cúbicos por segundo de vazão para esses empreendimentos", destacou o diretor presidente.
Sobre Italuís, ele enfatizou ainda que "essa semana terá uma reunião com o governador e as empresas que compõem o consórcio da obra para definir uma data de entrega do sistema, que quando estiver funcionando aumentará a vazão em 500 litros por segundo, aumento de 30% na vazão atual. Isso alcançará 600 mil moradores atendidos, tratamento de 2.300 litros de água por segundo, beneficiando 159 bairros e um investimento de 134 milhões de reais".
Para o vice-presidente da FIEMA e presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, José de Ribamar Barbosa Belo, é importante a articulação conjunta entre entes públicos e privados na construção de uma política de uso sustentável dos recursos naturais, e em especial, das bacias hidrográficas do Maranhão, inclusive no que se refere aos novos empreendimentos que podem vir a se instalar no estado. "O Maranhão possui disponibilidade de recursos naturais e potencial hídrico para atender demandas dos investimentos estrangeiros que estão sendo projetados para os próximos anos. Entretanto, é preciso estar atento à gestão do uso e ocupação do solo urbano, coleta e tratamento de resíduos sólidos e líquidos para que venhamos evitar eventos hidrológicos críticos decorrentes do uso inadequado das nossas águas", enfatizou Belo.
Saneamento - Sobre a questão de saneamento, o presidente da CAEMA disse que a empresa tem obtido ao longo dos anos avanços significativos. "Até o final de 2019, será coletado 60% de esgoto em São Luís e com tratamento de 70% desses 60%. Construímos redes coletoras, interceptores e emissários, duas estações de tratamento de esgoto, reabilitamos e requalificamos 17 estações elevatórias e duas estações de tratamento, além do projeto do sistema Santo Antônio e a Lagoa da Jansen", finalizou.
Na reunião ainda foram tratados temas como a lei estadual nº 8.149, de 2004, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos e o sistema de gerenciamento integrado de recursos hídricos e a lei federal nº 9.433 de 1997, que dispõe sobre a política nacional de recursos hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
A reunião contou com a presença de Nelson Cavalcanti (CREA-MA), Gustavo Sodré e Alvaro Cavalcanti (CCG Construções), Francisco Fraga Araújo (SEINC), o diretor da FIEMA, Leopoldo Moraes Rêgo, o superintendente da FIEMA, Albertino Leal, a representante do Sindicanalcool, Daniele Nunes, o coordenador de Ações Estratégicas da FIEMA, José Braga Polary, e os assessores da FIEMA, Roberto Bastos e Vinicius Muniz, além de Clenilson Novaes, da CAEMA. (Coordenadoria de Comunicação e Eventos da FIEMA)
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