Jornalista de profissão e de paixão, a deputada Eliziane Gama (PPS) lamentou na manhã dessa terça-feira (24) a morte do colega Décio Sá, que tinha um dos blogs mais lidos do Maranhão.
A parlamentar se solidarizou com os familiares e amigos do jornalista e pediu que as Comissões de Segurança e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa acompanhem as investigações sobre o caso.
“Entendo que essa Casa precisa ter um papel preponderante no caso da morte do jornalista Décio Sá. A Comissão de Segurança e a Comissão de Direitos Humanos desta Casa precisa acompanhar a investigação deste crime para evitar que a impunidade aconteça”, solicitou.
A parlamentar esteve na noite da última segunda-feira (23) no local do crime. Ela disse que o assassinato do jornalista é uma afronta à liberdade de imprensa e caracteriza-se como crime de encomenda.
“Fomos até a Litorânea, chegamos lá e encontramos vários colegas parlamentares e representantes da política do Maranhão. Vi imagens estarrecedoras, vi coisas que não podemos aceitar. A morte do jornalista Décio Sá é uma agressão à liberdade de expressão no Brasil!”, lamentou.
Eliziane Gama enfatizou a necessidade de combater o crime de pistolagem no Maranhão e citou outros casos como a morte do delegado Stênio Mendonça (1997).
“A morte de Décio Sá é caracterizada como crime de encomendada. Os funcionários do restaurante onde ele estava disseram que o autor dos disparos teve uma ação fria diante da vítima. Não podemos aceitar o retorno do crime de pistolagem no Maranhão”, destacou.
Na tribuna, Eliziane Gama fez referência à morte de outros jornalistas no Brasil, casos que ganharam repercussão internacional como do jornalista Vladimir Herzog, encontrado morto em 25 de outubro de 1975, na cela que ocupava, em um quartel do Exército em São Paulo, até casos emblemáticos ocorridos nos anos 2000.
Ela ainda comentou a colocação do Brasil no ranking mundial de morte de profissionais da imprensa. “O Brasil estava na 12ª posição mundial por assassinatos de jornalistas, hoje é 11º no mundo. De 1992 para cá foram mais de 30 jornalistas foram mortos, e boa parte destas mortes são referentes ao exercício da profissão”, destacou. (Assecom)