A Comissão de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) está participando das decisões e acompanhando todas as providências acerca do caso de violência contra o juiz titular da Comarca de Buriti, Jorge Leite, ocorrido na última terça-feira (20). Nessa quinta-feira (22), representantes da comissão participaram de reuniões na Polícia Federal e na Secretaria de Segurança Pública.
Na Polícia Federal, o desembargador Raimundo Barros, presidente da Comissão de Segurança, juntamente com o juiz Rodrigo Nina, integrante da comissão e representando a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), e o Major Alexandre Magno, diretor de Segurança do TJMA, acompanhou o depoimento do juiz Jorge Leite dado ao delegado federal responsável pela investigação do caso, Ronildo Rebelo.
Logo após o depoimento, houve uma reunião com o superintendente da PF, Alexandre Saraiva, que se colocou novamente à disposição do TJMA e da AMMA para as providências que forem necessárias e de responsabilidade da instituição. “Quando fomos informados do ocorrido, acionamos nossas equipes imediatamente, inclusive o Grupo de Pronta Intervenção. Estamos trabalhando no caso, dentro do que é de nossa competência, os senhores podem estar certos do nosso apoio”, declarou o superintendente da PF.
O desembargador Raimundo Barros revelou as medidas que estão sendo tomadas pelo TJMA para proteger os magistrados do Maranhão e garantir o seu exercício profissional, com especial atenção ao juiz Jorge Leite, vítima desse último caso de violência, além de apresentar o trabalho da comissão e como está sendo a sua atuação para avançar na segurança institucional.
Garantias – Da Superintendência da PF, os juízes Jorge Leite e Rodrigo Nina seguiram para a Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), onde juntaram-se ao presidente da AMMA, Gervásio Protásio dos Santos, e ao 2º vice-presidente, juiz Ângelo Antônio dos Santos, para uma reunião com o secretário de Segurança, Jefferson Portela.
Durante a conversa, o secretário garantiu total apoio da segurança pública ao juiz Jorge Leite e revelou estar acompanhando pessoalmente os acontecimentos, junto a sua equipe de trabalho. “Quando soube do caso, em que falavam em população, achei estranho porque temos conhecimento profissional e também pessoal e sei que a população daquela região não tem características deste tipo de ato. Logo percebemos que foi algo instigado, um fato isolado. E isso é de fácil solução, com investigação e ação efetiva, com pedidos de prisão etc.”, ressaltou Portela.
O presidente da AMMA, juiz Gervásio Santos, pediu garantias sobre medidas que deverão ser tomadas a curto prazo. “Tomaremos as medidas imediatas em relação ao efetivo policial e apoio de segurança da comarca e da região e daremos andamento à investigação de crimes paralelos no caso, que são de nossa competência, juntaremos com informações da Polícia Federal, e assim partiremos para tomar medidas fortes contra os envolvidos no caso”, assegurou o delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros.
O juiz Jorge Leite agradeceu o empenho e afirmou, novamente, que voltará a atuar na Comarca de Buriti assim que a reforma do fórum estiver concluída e a segurança garantida. “Não deixaria, nem deixarei a comarca por esse fato. É possível ter um município exemplar na questão de segurança pública, que não é feita unilateralmente, mas com a participação de todos da sociedade, principalmente da população”, ressaltou o magistrado.
A posição de Leite foi amplamente apoiada pelo secretário de Segurança e sua equipe. “Os senhores tenham a certeza que a Segurança Pública dará todas as garantias para exercer seu ofício e, com a arrumação da secretaria, estaremos prontos para investir e atuarmos em conjunto”, completou.
O juiz Gervásio dos Santos aproveitou a oportunidade para solicitar ao secretário de Segurança um alinhamento de atuação nas comarcas do interior do Maranhão. “A Segurança tem que ter uma aproximação com os diretores dos fóruns. Sugerimos a realização de visitas, para que possamos estreitar canais com os institutos de segurança, a fim de atuarmos contra essas ações de violência contra a Justiça e reforço das instituições no combate à violência e criminalidade”, propôs o presidente da AMMA.
Também participaram da reunião o superintendente de Polícia Civil do Interior, Dicival Gonçalves, o comandante da Polícia Militar, Cel. Marco Antônio Alves da Silva, e o coordenador do Grupo Tático Aéreo, Cel. Ismael de Sousa Fonseca. (Roberta Gomes – Asscom TJMA)
Publicado em Regional na Edição Nº 15215
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