São Luís - Para dar apoio à produção de mel no Maranhão, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) está reestruturando a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel, que se constitui num importante fórum de discussão entre os membros envolvidos com a cadeia produtiva. O objetivo da câmara é identificar as demandas e os problemas enfrentados pelos diversos setores ligados a esta atividade.
A 2ª Reunião Ordinária da câmara aconteceu semana passada, no auditório da Agência de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) e contou com a participação de representantes de várias entidades públicas e privadas, entre elas produtores e apicultores, que discutiram o fortalecimento da cadeia produtiva no Estado. Como representante da Sagrima, esteve presente o secretário adjunto, Raimundo Coelho de Sousa.
De acordo com o facilitador do evento, Rui Barbosa, a produção do mel no Maranhão é bastante significativa, mas ainda convive com uma série de entraves que podem ser solucionados a partir do funcionamento da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel. “Temos uma produção muito boa do mel em nosso estado, mas ainda sofremos com problemas de assistência técnica, infraestrutura, produção e dificuldade em linhas de crédito”, explica Rui Barbosa.
O secretário adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho, falou da importância da retomada da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel. Segundo ele, é importante que entidades públicas e privadas possam estar juntas no processo de construção da produção do mel no estado. “Com a retomada das reuniões da Câmara do Mel podemos avançar e resolver todos os gargalos existentes nesse setor”, diz.
Raimundo Coelho explicou ainda que as reuniões estão seguindo o mesmo modelo das Câmaras criadas pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A coordenação da câmara é de responsabilidade da iniciativa privada e a Sagrima encaminha os pleitos identificados durante as reuniões”, explicou.
Durante o encontro, foi eleito para presidente da Câmara do Mel, Vicente Francisco Silva de Paula, da Turimel, e retomada a discussão sobre o georreferenciamento.
As instituições públicas eleitas para fazer parte da Câmara do Mel são: Embrapa, Mapa, Sedagro, Sagrima, Ibama, BNB, BB, IFMA, UEMA, UFMA, Sema, Conab e MDA. E as entidades privadas: Turimel, Apecadi, Apmel, Inagro, Senar, Coopmel, Associação dos Apicultores de Brejo, Apaco, Sebrae, Frutamel, Associação dos produtores de Centro Novo, Associação de Anajatuba e Aplica.
Produção do mel - A região do Alto Turi é uma das áreas que mais produz mel no estado, com uma produção de 1,3 toneladas de mel por ano, oriunda de 10 municípios envolvendo 490 produtores.
Atualmente, o mel produzido naquela região, é comprado por empresas do Piauí, Santa Catarina e Ceará.
A Sagrima já instalou, até setembro deste ano, as Câmaras Setoriais das cadeias produtivas de frutas e hortaliças, grãos, leite, ovinos e caprinos, mel, mandioca, floricultura e pesca e aquicultura. (Elisângela Matos)
Publicado em Regional na Edição Nº 14351
Comentários