Brasília-DF - Bancários de todo o país fizeram ontem à noite assembleia para definir sobre o início da paralisação da categoria a partir de hoje (27). Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a greve valerá para bancos públicos e privados.
“Essa [votar pela greve] é a orientação do comando nacional por conta do processo de negociação. Já tivemos cinco rodadas de negociação e a última proposta vai trazer 0,58% de aumento real para os bancários, menos de 1%”, disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.
Na sexta-feira (23), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta com índice de reajuste de 8%, não aceita pelos bancários, que pedem um reajuste de 12,8%. O Comando Nacional de Greve também considerou que a proposta não contempla a valorização do piso da categoria nem prevê aumento na Participação dos Lucros e Resultados.
Os bancários pedem valorização do piso salarial, aumento do vale-alimentação, auxílio-educação com pagamento para graduação e pós-graduação, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à rotatividade e aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Os trabalhadores também pedem mais segurança nas agências, pois, de acordo com Cordeiro, 31 pessoas morreram em frente a agências bancárias devido a ação de bandidos.
“Hoje, o que acontece é um crime conhecido como saidinha, no qual os olheiros ficam do lado de fora dos bancos para ver quem está sacando e abordam essas pessoas depois. Temos uma proposta, que está sendo implementada em algumas capitais, que é a instalação de biombos entre a fila e a bateria de caixas, o que impede a visualização de quem está sacando o dinheiro”, explicou.
Para evitar que mais crimes ocorram, eles pedem que haja isenção de tarifas para transferências entre bancos. Em muito casos, segundo Cordeiro, “a pessoa saca o dinheiro em um banco para depositar em outro e não pagar a tarifa.” (Agência Brasil)