A diminuição significativa do volume de chuvas e do nível dos rios levou a Defesa Civil do Amazonas a emitir ontem (14) um alerta de estado de atenção para 11 municípios das calhas do Juruá, Purus e Madeira. Dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) indicam que essas bacias enfrentam o trimestre mais seco do ano. Apesar de a baixa pluviosidade ser comum nesta época, as chuvas estão abaixo da média prevista.
Segundo o secretário-executivo do órgão, coronel Fernando Pires Júnior, o estado de atenção é considerado o primeiro estágio de um desastre ambiental e serve para alertar os municípios.
“A nossa região, principalmente, o sudoeste do estado, encontra-se com baixa quantidade de precipitação e as calhas estão em níveis críticos por causa do verão amazônico. A Defesa Civil coloca esses municípios em situação de atenção para que nós possamos trabalhar antecipadamente em um plano, caso haja uma situação crítica de estiagem, e para que nós possamos atender as comunidades afetadas”, afirmou.
O coronel explica que a estiagem atrapalha o dia a dia das comunidades ribeirinhas. “O volume de chuvas interfere diretamente na trafegabilidade, no reabastecimento e na logística de manutenção da vida social dessas comunidades localizadas nessas calhas de rios”, aponta.
Estão em estado de atenção os municípios de Guajará, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna e Envira, na calha do Juruá; Boca do Acre, Canutama, Lábrea e Pauini, na calha do Purus; Humaitá e Manicoré, na calha do Madeira.
No Juruá, de acordo com a Defesa Civil, a previsão de precipitação em julho era de 66 mm, mas só foram registrados 21 mm. Já no Purus, no mês passado, foi 0,9 milímetro de chuva e a estimativa era de 42 mm. Na bacia do rio Madeira, dos 45 mm previstos, foram registrados apenas 4 mm de chuva.
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