A Assembleia Legislativa sediou nessa quarta-feira (22), no auditório Fernando Falcão, Audiência Pública para discutir e comemorar os 13 anos da Lei de Libras, atendendo ao requerimento do deputado Cabo Campos (PPS).
O evento contou com a participação de diversos representantes das entidades de pessoas com deficiência, representantes da comunidade dos surdos de São Luís e setor privado, entre eles Luziane de Jesus, presidente do Instituto Sociocultural e Educacional Profissionalizante dos Surdos do Norte do Maranhão; Maik Waldemar, presidente da Associação dos Surdos do Maranhão (ASMA); Irene Santos, diretora do Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez (CAS).
Na ocasião, Cabo Campos, autor da propositura e forte defensor das reivindicações da comunidade surda, defendeu a criação de um fórum de discussão.
De acordo com o deputado, o fórum de debates servirá como um instrumento de fortalecimento para a construção de uma maior inclusão da comunidade surda na sociedade. “Esse é um meio de discussões, onde escutaremos nossos queridos e a partir desses debates estaremos instrumentalizados para o direcionamento de medidas concretas para a comunidade surda do nosso estado”, defendeu.
A professora Irene Cabral, diretora do Centro de Apoio a pessoas deficientes com surdez (CAES), ressaltou a importância do evento onde parabenizou a iniciativa do parlamentar na realização do evento.
“Gostaria de parabenizar o deputado Cabo Campos pela iniciativa de convidar todas as instituições aqui representadas para um momento tão importante, momento esse festivo, mas, também, de reflexões e análise. Tivemos avanços na realidade da inclusão social dos surdos, porém há muita coisa a ser feita. Atitudes como a do deputado fortalecem a nossa luta, onde trazemos para a Casa Legislativa discussões direcionadas a uma comunidade que precisa muito ser atendida”, disse.
O presidente da Associação dos Surdos e Mudos do Maranhão (ASMAE), Maik Araújo, ressaltou a necessidade de haver intérpretes de Libras em todos os locais públicos, não apenas em algumas repartições específicas. “E se o surdo tiver que ir ao médico, como ele vai contar suas necessidade? Às vezes o surdo tem que escrever, mas e se ele não for alfabetizado?”, sinalizou.
Ao final da sessão, foram expostos os encaminhamentos construídos ao longo do evento, destacando-se a implementação da disciplina de libras no currículo das escolas estaduais, concurso específico para professor de libras, formação de intérpretes, capacitação de guia intérpretes e um plano estadual de expansão do Centro de Apoio a pessoas deficientes com surdez (CAES).
Apoio
Cabo Campos garantiu apoio à totalidade dos encaminhamentos propostos e afirmou que vai cobrar celeridade na criação do currículo com a inclusão da disciplina de Libras e no encaminhamento do projeto de Lei.
“Vamos em busca da realização de todas essas propostas que aqui foram construídas, não posso afirmar que conseguiremos todas, porém junto à comunidade teremos êxito nesse trabalho. Reafirmo aqui meu compromisso com essas pessoas, que muito podem contribuir com nossa sociedade”, afirmou.
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