As cenas que assustam os moradores do povoado Jatobal, em Praia Norte, no estado do Tocantins, começaram a ser notadas com frequência há mais ou menos um mês. A pequena comunidade fica distante cerca de 30 km da sede do município e é localizada às margens do rio Tocantins. De alguns dias para cá, a presença de ‘visitantes’ deixou a população de ‘cabelos em pé’.
Mas o que causa espanto não são visagens de fantasmas, lobisomens ou qualquer coisa do além. Têm cabeça, tronco e membros, mas humanos mesmo, que foram vistos pela última vez ‘perambulando’ nas ruas do povoado há três anos. Sumiram. Agora estão de volta, com os mesmos objetivos, e isso tem causado incômodo nos moradores.
Segundo os moradores, o que “assombra” são os políticos eleitos no último pleito eleitoral para os cargos da gestão municipal. “Passam 3 anos que nem falam com o povo, com medo que alguém lhe peça algo, agora que só falta um ano para as eleições se tornam ‘bons samaritanos’, começam a andar nas casas das pessoas fazendo doações para a comunidade”, diz o servidor público Gil Alves, que faz questão de relatar o assunto em uma página criada da rede social Facebook, especialmente para denunciar e levar a público as demandas da pequena comunidade.
O mesmo servidor público narra que até bezerros foram doados nos últimos dias como forma de estreitar os laços entre o eleitor e os pretensos candidatos à reeleição. O servidor público desabafa: “Querem ser bons, trabalhem os 4 anos por nossa população e assim serão reconhecidos como políticos de verdade”, finaliza o trecho da postagem.
A página criada por Gil Alves já denunciou o perigo enfrentado por alunos da rede municipal que precisam enfrentar o rio Tocantins à noite em canoas para estudar. Outra embarcação que era utilizada pelo transporte escolar encontra-se atracada há meses às margens do rio, quebrada. Pontes quebradas, obras abandonadas e outras situações são narradas com o objetivo de alcançar os olhares das autoridades capazes de reagirem. Sem ‘assombrar’ ninguém, mas O PROGRESSO não poderia deixar de dá uma ‘mãozinha’. (Hemerson Pinto)
Publicado em Regional na Edição Nº 15401
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