Nessa terça-feira (19), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) completou 14 anos com recordes de vacinação contra febre aftosa, sucesso na coleta de embalagens de agrotóxico reconhecido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV) e planos de intensificação do controle de doenças como brucelose, tuberculose, raiva dos herbívoros, anemia infecciosa equina, pragas da fruticultura, olericultura e citricultura.
No mês de seu aniversário, a Agência comemora os resultados da ‘Operação Impacto’ de fiscalização do trânsito agropecuário, que vem autuando cargas de animais, vegetais, seus produtos e subprodutos, transportados de forma irregular ou sem a documentação sanitária exigida, desde o início do mês. As blitzen, que tinham como objetivo disciplinar o trânsito agropecuário e identificar seus principais problemas, já constataram problemas de reutilização de embalagens de agrotóxico, mal condicionamento de alimentos e ausência de nota fiscal, documentação sanitária exigida para a identificação da origem dos produtos de origem animal.
A partir de 11 de abril, a Aged também iniciou um projeto de intensificação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), fiscalizando propriedades, casas agrícolas e revendedoras de vacinas de brucelose, e capacitando médicos veterinários para atuarem na prevenção dessas doenças. As supervisões, que começaram por Balsas, percorrerão oito unidades regionais até agosto.
Livre de aftosa
Em meios às parcerias recentes que a Agência, que é vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), tem firmado com outras secretarias do governo estadual e instituições federais, uma das grandes conquistas alcançadas foi a de ter participado da primeira exportação de gado 100% maranhense para o Líbano, dia 15.
Segundo dados do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), o principal fator para o crescimento da pecuária foi a certificação do Maranhão como zona livre da febre aftosa com vacinação e reconhecimento internacional, resultando na elevação de 9,9% no preço da arroba do boi gordo, que saiu de R$ 89,86 para R$ 98,80.
O presidente da Aged, Sebastião Anchieta, relembra que, quando a Aged foi criada, em 2002, a classificação de risco de febre aftosa do Maranhão era desconhecida. “Hoje, a Aged avançou bastante. Ela cresceu muito e nossa classificação é de área livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, surgiu a possibilidade de que o estado fizesse essas exportações de boi vivo. Isso tudo é graças a essa condição sanitária”, explica.
No próximo mês, o governo estadual dá início a mais uma campanha de vacinação contra essa doença. Dessa vez, o objetivo é conscientizar os pequenos produtores da importância de manter o gado vacinado, para não comprometer a produtividade dos animais nem a saúde pública.
Modernização
Dentre as conquistas da instituição, está a inclusão do Maranhão, em abril de 2015 – antes do Amapá, Roraima e Distrito Federal – na Plataforma de Gerenciamento Agropecuário (PGA), depois de se adequar às diretrizes e normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Sebastião Anchieta, medidas incessantes foram tomadas para acrescentar as informações geradas pela emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), no Banco de Dados Unificado (BDU) do Mapa. Com a implantação do Sistema de Integração Agropecuária (Siapec), o estado passou a emitir a GTA eletrônica (online), facilitando a comercialização interestadual de animais. Por meio dele, tornou-se possível o gerenciamento quantitativo de animais e o controle da movimentação de todo o rebanho maranhense.
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