Cinco equipes brasileiras participam, nesta semana, nos Estados Unidos, do maior torneio mundial de robótica, o World Festival. A competição será realizada de 18 a 21 de abril, em Houston, Texas. Quatro times são formados por alunos do Serviço Social da Indústria (SESI) de São Paulo: Thunderbóticos (Rio Claro), Jedi's (Jundiaí), Big Bang (Birigui) e Red Rabbit (Americana). O time pernambucano Visão Eletronsbot, do Colégio Visão, de Recife, completa a equipe brasileira no internacional.
Os estudantes, que têm entre 9 e 16 anos, garantiram vaga no internacional por conta do excelente desempenho no Torneio Nacional de Robótica, organizado pelo SESI, no mês passado. A Thunderbóticos, por exemplo, foi a grande campeã da etapa nacional, realizada em Curitiba. Veja como foi. A competição em Houston terá 108 equipes de diversos países.
Na edição 2017 do World Festival, a equipe Thunderbóticos também esteve presente e foi a vice-campeã da disputa. A estudante Letícia Teixeira, 16 anos, era uma das integrantes da equipe, e agora volta de novo aos Estados Unidos. "Embora no ano passado a equipe tenha ficado em segundo lugar - e isso é de grande valor para todos nós - este ano é uma temporada nova, com integrantes novos e desafios novos. É um trabalho totalmente renovado e a gente espera chegar lá, dar o nosso melhor e ser reconhecido por isso", diz.
O técnico da equipe, Leonardo Santolim, explica que a preparação para o World Festival começou logo após a conquista do Torneio Nacional de Robótica. Com um calendário apertado, foram dias de treinamento intenso. "Estou muito feliz e, ao mesmo tempo, ansioso. Espero que os alunos consigam mostrar tudo aquilo que aprenderam. Foram treinos de manhã, tarde, noite, aos sábados e até feriados. E agora é uma celebração de tudo que foi feito nesta temporada", afirma.
A gerente de Projetos Educacionais do SESI Nacional, Bárbara Trajano, destaca que as equipes do SESI estão bem preparadas, até mesmo porque as escolas do SESI em todo o país possuem a Robótica Educacional integrada ao currículo e às rotinas escolares. "Participar de competições como essa representa uma oportunidade ímpar de aprendizado para esses jovens. Além de todo o conhecimento que é adquirido durante as fases da competição, há muita troca de experiências com equipes e avaliadores de vários países de diferentes culturas", ressalta.
Os desafios
Na temporada atual - Hydro dynamics - os estudantes pesquisaram e encontraram soluções inovadoras para um problema que atinge milhões de brasileiros e é também uma preocupação mundial: a água. As pesquisas e soluções abordam temas desde como encontrar, transportar, usar ou descartar o líquido.
No torneio, as equipes são avaliadas em quatro categorias: no Desafio do Robô, os estudantes colocam os robôs de Lego para cumprir determinadas missões. Para realizar as tarefas, o robô pode navegar, capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição. Pode ser algo como remover um cano quebrado, virar tampas de bueiro e mover bombas de água.
Os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, também são avaliados na categoria Design do Robô. Os times podem utilizar sensores de movimento, cor, toque, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e programação.
Conta pontos ainda o Projeto de Pesquisa com uma solução inovadora sobre o uso da água. Pode ser, por exemplo, na produção de alimentos ou na geração de energia. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe.
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