São Luís - Uma roda de conversa sobre o combate às drogas foi realizada esta semana, na Escola SESI Anna Adelaide Bello, em São Luís, com estudantes e convidados que atuam no apoio a dependentes químicos no Maranhão. Na oportunidade, alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio puderam tirar dúvidas sobre a temática com o psiquiatra Ruy Palhano, especialista de renome na área, além de conhecer experiências de superação de ex-usuários, que se recuperaram nas comunidades da Fazenda Esperança, centros terapêuticos que abrigam jovens que enfrentam o problema no Estado.

Essa é uma das ações do Conselho Antidrogas da própria escola, criado no ano passado, com base na Lei nº 10.302/2015, que estabelece diretrizes para a criação do Conselho Escolar Antidrogas em todos os estabelecimentos de ensino do Estado do Maranhão. Constituído por pais, educadores e alunos da Escola SESI Anna Adelaide Belo, o Conselho desenvolve atividades educativas de prevenção e combate ao consumo de entorpecentes, de bebidas alcoólicas e uso de tabaco.
Perguntas acerca de como a família deve agir para ajudar um usuário de drogas e não afastá-lo; o que leva uma pessoa a usar esse tipo de substância; ou ainda dúvidas sobre “quem” criou o pó (cocaína) foram algumas das indagações feitas pelos alunos, líderes de turma, aos convidados, que aprovaram a iniciativa de participar do conselho e se unir na prevenção ao uso das drogas lícitas e ilícitas.
“A roda de conversa é muito informativa e nós, como jovens e líderes de turma, precisamos saber mais sobre esse tema, que também é conversado em casa, mas na escola, temos acesso a esses especialistas e, às vezes, temos mais liberdade para perguntar”, comentou o aluno do 2º ano do Ensino Médio, Gustavo de Macedo.
Para a escola, a iniciativa é uma ação preventiva contra esse mal que atinge milhares e milhares de famílias na atualidade. “A instituição do conselho envolve todos e permite que a busca por esse diálogo, entre pais, estudantes e escola, seja constante. Além disso, vai nos ajudar a enfrentar de forma preventiva um problema que avança de forma rápida em nossa sociedade”, ressaltou a gerente da escola, Regina Sodré.
O psiquiatra Ruy Palhano, que mantém um instituto para dependentes químicos na Grande São Luís, destacou a discussão do tema drogas dentro das instituições de ensino e junto aos alunos. “Tudo começa com o diálogo, com a conversa na família e essa iniciativa da escola, de falar de saúde, de vida, desde cedo com os estudantes, é muito salutar e importante. O SESI é um celeiro de inovação, de incentivo a boas práticas.”
O encontro foi aberto com um vídeo apresentado pelos trabalhadores da comunidade terapêutica Fazenda Esperança e a execução de uma canção pelo Grupo Esperança Viva, que foi acompanhada pelos alunos. Em seguida, o psiquiatra Ruy Palhano introduziu a roda de conversa e as perguntas dos alunos foram respondidas pela terapeuta ocupacional Kamyla Arrais, coordenadora técnica do Instituto conduzido pelo médico.