A Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) apreendeu esta semana, seis toneladas de queijo clandestino e aproximadamente mil litros de leite que estavam em condições higiênicas- sanitárias insatisfatórias. A apreensão, que aconteceu nos municípios de Açailândia, São Francisco do Brejão e Cidelândia, fez parte da operação “Queijo Fraudado” e atendeu a uma demanda do Ministério Público Estadual.
Com o apoio da Polícia Militar de Açailândia e Imperatriz, a operação feita por sete equipes de fiscais da Aged, vistoriou estabelecimentos que fabricam ilegalmente queijo. A ação resultou na fiscalização de 17 estabelecimentos sem registro e sem condições mínimas de higiene. Os produtos apreendidos já estavam embalados e seriam comercializados dentro do estado.
As equipes da Aged ainda fizeram a vistoria de quatro pontos de armazenamento em Açailândia e outras queijarias. A operação resultou também na apreensão de rótulos e embalagens não registradas em nenhum órgão de fiscalização oficial. Todos os rótulos e produtos apreendidos foram incinerados no lixão localizado no município de Açailândia.
A diretora de Defesa e Inspeção Animal da Aged, Margarida Prazeres, destaca a importância de uma ação como essa, em virtude do potencial da pecuária leiteira da região e o beneficiamento de produtos de origem animal para a economia local. “O objetivo é a preservação da saúde pública ao impedir a movimentação dos produtos clandestinos e o prejuízo econômico ao Estado, pois com os produtos clandestinos há diminuição de impostos e os estabelecimentos registrados serão prejudicados. A intenção não é impedir a produção, mas legalizar e torná-la segura para consumo da população” completa a diretora.
Segundo os promotores de Justiça, Sandro Bíscaro e Camila Gaspar Leite, o Ministério Público Estadual tenta coibir a circulação de produtos que não estejam regularizados e armazenados dentro dos padrões de segurança para os consumidores. “É necessário regularizar o local de armazenamento e fabricação, assim podemos garantir um produto de qualidade para a população” esclarece a promotora.
Também presente à ação, a coordenadora de inspeção animal da Aged, Maria de Lourdes Guimarães Borges, diz que é uma ação positiva para os consumidores maranhenses. “Só assim se pode inibir a quantidade de estabelecimentos clandestinos e aumentar o número de estabelecimentos legais. A Aged, em parceria com o Ministério Público, tem se dedicado intensamente ao combate desses estabelecimentos clandestinos” afirmou Maria de Lourdes.
A fiscal agropecuária da Aged, Alessandra Lima, que fez parte da coordenação da operação, informou que os produtos de origem animal e seus derivados (leite, carne, ovos, mel, pescado) têm obrigatoriamente que passar por prévia fiscalização higiênico-sanitária do órgão de inspeção oficial (SIF, SIE ou SIM). “Essa é a garantia de segurança da saúde dos consumidores finais”, esclareceu ela. (Arícia Dino)