As áreas indígenas serão beneficiadas com a vacinação assistida

A Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) está iniciando a vacinação assistida contra a febre aftosa em áreas quilombolas e indígenas, e também nos municípios que registraram baixo índice de cobertura vacinal na primeira etapa da campanha, realizada em maio e junho deste ano. A segunda etapa está acontecendo em todo o Estado do Maranhão no período de 14 de novembro a 14 de dezembro.
O diretor geral da Aged, Fernando Lima, informou que estão sendo distribuídas para estas áreas, aproximadamente de 33 mil doses da vacina que foram doadas pela Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão e Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Faema/Senar), Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Maranhão (Fundepec), e prefeituras. “Nos municípios onde houve baixo índice de cobertura vacinal estamos solicitando a parceria dos prefeitos que estão contribuindo com a doação das doses de vacina aos pequenos criadores maranhenses”, contou Fernando Lima.
A vacinação, que ocorre por conta dos proprietários dos animais, é assistida pelos fiscais de defesa animal e assistentes agropecuários da Aged e, por isso, dá-se o nome de “vacinação assistida”, de acordo com o termo utilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo as normas do Mapa, a “vacinação assistida” pode ocorrer com objetivo de orientação, de assistência a comunidades carentes ou de fiscalização e possibilita ao serviço oficial - no Maranhão representado pela Aged -, certificar a aplicação da vacina na totalidade dos animais existentes em determinada propriedade rural.
As propriedades onde ocorrerão a “vacinação assistida” estão localizadas nos municípios de Itapecuru-Mirim, Chapadinha, Zé Doca, Santa Inês, Imperatriz, Alcântara, São João dos Patos, Raposa, Codó, Pinheiro, Viana, Pedreiras, Bacabal e Rosário.
De acordo com dados da Diretoria de Defesa e Inspeção Sanitária Animal da Aged, existem no estado 83.037 propriedades rurais com a criação de bovinos e bubalinos. Cerca de 52% são cadastrados como pequenos criadores.

Prorrogação descartada

O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo, alerta aos criadores que não deixem de vacinar seus animais durante esta segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, que encerra-se no dia 14 de dezembro. “Esta campanha não vai ser prorrogada porque, de acordo com o calendário estipulado pelo Ministério da Agricultura e a Aged, a partir do dia 14 de fevereiro, ou seja, 60 dias após o encerramento da campanha, será iniciada a coleta de sangue de aproximadamente 9 mil animais para que a sorologia comprove a inexistência do vírus da aftosa no Maranhão”, esclareceu Cláudio Azevedo.
Além de vacinar, o criador deve comprovar a vacinação em um dos escritórios da Aged, apresentando a nota fiscal da compra da vacina. O prazo para comprovação encerra-se no dia 30 de dezembro. O criador que não vacinar seus animais não poderá solicitar a Guia de Trânsito de Animal (GTA), documento emitido e exigido pela Aged para que possa circular com seus animais.
Nesta segunda etapa, a Aged e a Sagrima tem como meta superar o índice de cobertura vacinal registrado na primeira etapa da campanha, que foi de 96,59%, o maior registrado nos últimos dez anos.
A sorologia para a comprovação de que não há circulação do vírus da doença é um dos critérios estabelecidos pelo Mapa para que o Maranhão seja classificado nacionalmente como zona livre da febre aftosa, em maio de 2012. Internacionalmente o reconhecimento está previsto para maio de 2013 e será feito pela Organização Internacional de Episotias (OIE).
Com a nova classificação sanitária, serão abertos novos mercados nacionais e internacionais para o rebanho maranhense, que é 7,2 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. Existe ainda a expectativa de que sejam instalados novos frigoríficos no Maranhão.