O “Saúde Não Tem Preço” continua a beneficiar cada vez mais brasileiros. No Maranhão, a iniciativa do Ministério da Saúde, que oferece gratuitamente 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, ampliou em 985% o acesso ao tratamento dessas doenças – um dos maiores aumentos entre os estados brasileiros – nas 107 drogarias credenciadas ao programa no estado. O número de pacientes atendidos saltou de 1.022, em janeiro, para 12.868, em outubro. Em todo o país, a quantidade de beneficiados aumentou 251% no mesmo período. O total mensal de brasileiros assistidos pelo Saúde Não Tem Preço passou de 853.181, em janeiro, para quase 3 milhões em outubro. Em todo o período, 6,5 milhões de pessoas foram beneficiadas. Desses, 29.406 no Maranhão.
Antes da criação do Saúde Não Tem Preço, os produtos eram oferecidos com até 90% de desconto nas farmácias e drogarias credenciadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular. Atualmente, os medicamentos são retirados gratuitamente – para isso, é exigido apenas a apresentação de receita médica válida, CPF e documento com foto.
No Maranhão, a quantidade mensal de diabéticos beneficiados pelo programa cresceu 746% – pulou de 557, em janeiro, para 4.715, em outubro. No caso da hipertensão, o percentual de aumento foi de 1.789%, no mesmo período – passou de 529 para 9.992 beneficiados. “Essas doenças, por terem prevalência alta e estarem intimamente ligadas aos novos hábitos dos brasileiros, merecem atenção redobrada. A ampliação contínua do acesso aos medicamentos, comprovada pelos números do programa, representa uma melhora significativa na vida dos brasileiros”, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A hipertensão arterial acomete 23,3% da população adulta brasileira maior de 18 anos, segundo dados do estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Em São Luís, o percentual de hipertensos é de 18% da população adulta, abrangendo 16,1% dos homens e 19,5% das mulheres. De acordo com a mesma pesquisa, o diabetes atinge 6,3% da população adulta brasileira. Especificamente em São Luís, 5% da população apresentam a doença – 4,7% dos homens e 5,2% das mulheres.
Orientações aos usuários - A receita médica é obrigatória para a retirada de medicamentos nas farmácias credenciadas e tem como objetivo evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde. Deve-se apresentar também CPF e documento com foto.
Eventuais dúvidas podem ser comunicadas ao Ministério da Saúde – pelos estabelecimentos credenciados ou pelos usuários do programa – por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) como também pelo email analise.fpopular@saude.gov.br.
Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes são identificados pelo princípio ativo. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele que deverá informar, ao usuário, o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico. (Por Bárbara Semerene, da Agência Saúde)