Ingrid Sá diz que 'é maravilhoso' estudar na escola integral
IEMA alia ensino médio e profissionalizante ao mesmo tempo

Até 2015, o Maranhão nunca havia tido uma rede de escolas públicas de ensino integral. Isso mudou. Em apenas três anos, o Governo do Maranhão construiu essa rede de escolas integrais em diversas regiões. E, hoje, são 18 escolas desse tipo.
A escola integral é considerada a mais completa porque melhora o aproveitamento do tempo, estimula a criatividade, permite mais práticas esportivas, aumenta o rendimento do aluno, pode ensinar uma profissão e dá tranquilidade aos pais, entre outras vantagens.
A rede de 18 escolas já está sendo ampliada e em 2018 vai quase triplicar. As que já estão em funcionamento oferecem recursos e ferramentas que muitas escolas particulares não têm.
O Maranhão adotou, desde 2015, dois modelos de ensino integral: os Centros Educa Mais e os Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA). O primeiro é ensino regular, com uma grade curricular ampla e diversa. O segundo é ensino técnico e profissionalizante. Isso significa que, além do diploma do ensino médio, o aluno também sai com um diploma profissional técnico.

Educa Mais

Atualmente, são 11 unidades do Educa Mais em todo o Estado, atendendo cerca de 4 mil estudantes. "Foi um passo substancial dado até agora. Até 2014, não havia nenhuma escola integral", diz o secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão.
Os alunos começam o ano letivo escolhendo as áreas em que têm interesse de aprofundar o conhecimento. São várias opções: arte, estética, música, linguagens, ciências humanas, matemática, ciências da natureza, etc.
A carga horária é de quase oito horas diárias, de segunda a sexta-feira. O horário pode até assustar no início, mas logo é visto pelos estudantes como uma grande vantagem. "Se a gente dissesse para alguém que ia ficar esse tempo todo na escola, iam chamar a gente de louca. Mas a verdade é que é maravilhoso", diz Ingrid Brenda Santos Sá, 16, do Centro de Ensino Dorilene Silva Castro, no Coroadinho, em São Luís.
"Nessas escolas, os jovens exercitam essas competências diariamente, seja através das metodologias executadas, seja através da vivência com seus colegas, com os professores e com a gestão escolar", afirma a gestora da Educação Integral na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Fernanda Passos.

IEMA

Quem entra no IEMA sabe que vai sair pronto para o mercado de trabalho. É algo que a rede pública estadual jamais havia experimentado até 2015.
Até agora, são sete unidades plenas no Maranhão. Os cursos oferecidos são pensados para ampliar as chances de os alunos conseguirem emprego. Se a vocação da região é agropecuária, por exemplo, o IEMA oferece cursos que tenham a ver com esse mercado.
Mesmo com pouco tempo de existência, o IEMA já virou referência na educação, conquistando prêmios nacionais e internacionais.
Aluna do 1º ano e do curso técnico de Informática, Laís Gomes, 14 anos, diz: "Pela primeira vez na vida estou estudando em uma escola boa e integral". De acordo com ela, "aqui, professores e diretores escutam nossas opiniões, a gente participa das decisões. Isso tudo faz do IEMA uma escola melhor, diferente de todas".
O reitor do IEMA, Jhonatan Almada, diz que o instituto representa um marco para o ensino maranhense, com ampla "capacidade de gerar oportunidades educacionais para a juventude".

Centros Educa Mais
 (unidades já em funcionamento):

Almirante Tamandaré (São Luís)
Joana Batista (São Luís)
Mônica Vale (São Luís)
Margarida Pires Leal (São Luís)
Dorilene Silva Castro (São Luís)
Barjonas Lobão (São Luís)
Cidade de São José de Ribamar (São José de Ribamar)
Aquiles Batista Vieira (Alcântara)
Poeta Antônio José (Santa Inês)
Kiola Costa (São Bento)
Jacira de Oliveira e Silva (Timon)

IEMA (unidades já em funcionamento):
Axixá
Bacabeira
Coroatá
Pindaré-Mirim
São José de Ribamar
São Luís
Timon