Juíza Suely de Oliveira Santos Feitosa, da 2ª Vara Criminal

A 2ª Vara Criminal de Imperatriz inicia, nesta terça-feira (15), uma série de três júris que levam ao banco de réus acusados de homicídio e de tentativa de homicídio. Sob a presidência da titular da unidade, a juíza Suely de Oliveira Santos Feitosa, os julgamentos acontecem em Davinópolis (termo judiciário) e na sede da comarca.
Neviton Oliveira da Silva, o “Pelé”, 25 anos, é o réu do primeiro Tribunal do Júri, marcado para esta terça-feira, às 8h, na Câmara Municipal de Davinópolis. Ele responde pelo homicídio da mulher com quem era casado há cinco anos: Cristiane da Conceição Santos de Sousa, 24 anos.
O crime aconteceu em 2011, na data comemorativa do Dia dos Namorados – 12 de junho –, quando o réu teria atingido a vítima com 32 facadas. O fato teria ocorrido após uma discussão entre Neviton e Cristiane, motivada por ciúmes do acusado.
Segundo a juíza Suely Feitosa, a data e a violência do ato causaram grande comoção na população. Para resguardar a integridade física do preso e dos demais presentes, a magistrada pediu reforço policial para o julgamento. Neviton encontra-se preso.
Faca – No segundo júri, na quarta-feira (16), quem vai a julgamento é Eurismar Cássio Gomes, 44 anos, sem profissão definida. No júri, que ocorrerá no Salão de Júri de Imperatriz, o acusado responderá pelo homicídio de Sebastião Ribeiro da Silva, 45 anos, lavrador.
Segundo consta dos autos, no dia 17 de dezembro de 2001 Eurismar atingiu a vítima com um golpe de faca no abdômen e não teria continuado os golpes devido à intervenção de terceiros.
Transportado para um hospital, Sebastião morreu no dia 25 de dezembro. Eurismar encontra-se foragido.
Ciúmes - No último júri da série, na quinta-feira (17), Antonio Rafael França Brito, 25 anos, pintor, responderá pela tentativa de homicídio contra Ednaldo Tavares de Sousa, 28 anos, sem profissão definida.
Consta do processo que no dia 28 de março de 2010, por volta das 2h, Ednaldo encontrava-se em casa com a companheira, Edinamaria, quando o réu chegou à residência do casal batendo na porta. Ante a negativa do casal em atendê-lo, Antonio Rafael teria derrubado a mesma, invadindo a casa.
Usando de uma faca de aproximadamente 30 cm, o réu teria aplicado um golpe na vítima, que revidou com uma paulada na cabeça de Antonio Rafael, dando início a uma luta corporal, quando o acusado aplicou outros sete golpes de faca na vítima e fugiu.
Segundo o processo, o crime teria sido motivado por ciúmes – Edimaria teria terminado um relacionamento com Antonio Rafael para começar outro com Edinaldo. Edinaldo foi intimado a depor.
Lei - “Essa é a primeira sessão de júris a ocorrer depois da alteração da lei e a partir da qual a competência de júri voltou para as Varas Criminais”, diz Suely Feitosa.
A juíza ressalta, também, a gravação áudio-visual das audiências, que segundo ela, é um procedimento adotado há mais de dois anos pelos juízes criminais de Imperatriz. Para a magistrada, além de agilizar o trabalho, a gravação garante a fidedignidade dos depoimentos. (Marta Barros - Assessoria de Comunicação da CGJ)