Weverton Rocha (ao centro, de camisa preta) com um grupo de vereadores de Imperatriz

Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Weverton Rocha é figura ascendente na cúpula do PDT nacional e o comando da grande mobilização política que o partido dissemina no Maranhão. Formado no movimento estudantil, ex-líder da juventude pedetista, ele aponta seu projeto político nas alianças municipalistas e consolida o posto do PDT de maior aliado do governador Flávio Dino.
Neste sábado, às 17h, na loja maçônica Lauro Tupinambá (Bacuri), em Imperatriz, Weverton Rocha comanda mais um encontro regional dos pedetistas maranhenses - o sexto regional desde janeiro. O evento vai reunir vários prefeitos, vereadores, lideranças e caravanas de todo o estado.
“A candidatura do deputado Weverton Rocha não é dele, hoje é de um grupo. E esse grupo é que tem de tomar de conta dessa campanha”, diz o deputado, que nasceu em Imperatriz. “Daí que estamos debatendo essa pré-campanha com nossos amigos, com nossos aliados do estado inteiro”.
“Estamos aqui para reafirmar nossa pré-candidatura, ouvir as lideranças da região, colher sugestões e propostas de futuro, de governo, de trabalho, de mandato, e também para que ouçam de mim o nosso compromisso”, afirma o deputado, garantindo que pauta “esse compromisso” no seu trabalho como deputado federal, “ou seja, continuar do lado do nosso povo, continuar defendendo nossas bandeiras, quais sejam: nenhum direito a menos contra os aposentados, nenhum direito a menos contra os nossos trabalhadores e sempre a favor do Maranhão”.

Apoio ao governador
“Estamos apoiando e sendo parceiros para podermos atravessar esse momento difícil”, diz o deputado, referindo-se ao governo Flávio Dino.
“Com toda a dificuldade que o Brasil tem vivido, o governador tem enfrentado a crise trabalhando, porque a crise não é abstrata, é uma coisa concreta, ela existe”, emenda, destacando os avanços administrativos e investimentos em políticas públicas e em obras do atual governo maranhense em relação a outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que vivem o caos em suas finanças.
“Este ano, o governador já pagou 50% do décimo terceiro salário em junho para todos os servidores, além de ter colocado dois mil novos policiais nas ruas, seiscentas novas viaturas, não tinha nenhuma escola de tempo integral no Maranhão e hoje tem dezoito, trezentas escolas serão totalmente recuperadas e entregues com o programa Escola Digna, além de programas importantíssimos como o Mais Asfalto e o da Saúde, que foi a entrega concreta de novos equipamentos hospitalares em várias regiões do Maranhão”, exemplifica.

“Segurança política”
Para o deputado, em 2018, na sucessão estadual, o eleitor maranhense vai optar pela segurança política e administrativa do estado, argumentando que não acredita na estratégia da oposição de pulverizar candidaturas para levar a eleição ao segundo turno.
“Essa estratégia era válida num momento em que as coisas aconteciam ‘num plano mais normal’, vamos dizer assim. A população agora vai avaliar muito a questão da segurança política e administrativa do estado. Na hora em que o pai de família, que o trabalhador, que o cidadão olhar e lembrar como é que estão outros estados do Brasil e como está aqui no Maranhão, a gente não pode ir pra a aventura e nenhum tipo de insegurança”, avalia.
Weverton Rocha mira o alvo de suas críticas, a oposição: “Basta lembrar que um dos líderes dessa oposição, são os mesmos (sic) que governaram esse estado por muita décadas e eles vão prometer o que, se no momento das vacas gordas eles não resolveram o problema do país, irão resolver agora que nem vacas mais têm, que nem magras estão, já mataram as vacas, e o povo já está mais pra muita conversa, ele quer coisa concreta”.
Para o deputado, o governador Flávio Dino “tem defeitos como todo ser humano”, “agora é uma pessoa honesta, é trabalhador e está convicto de que tem condições de contribuir muito mais com o Maranhão com a continuação de sua administração”.
“Iremos fazer esse de uma forma muita tranquila, de uma forma muito franca, e mostrar que em time que está vencendo não se mexe. Ele sozinho hoje com a bancada federal de deputados está fazendo um grande trabalho, imagine ele tendo aí ano que vem dois senadores amigos, pois as atuais duas vagas todos sabem que eles não são nem de longe parceiros do governo [estadual]”, afirma.

Reforma política
Como líder do PDT, Weverton Rocha tem acompanhando de perto a fervura do caldeirão político em Brasília e tem a convicção de que a ‘compreensão histórica’ da crise política e econômica deve guiar o debate político “para enfrentar e superar essas dificuldades”.
De acordo com o deputado, “as denúncias são gravíssimas contra os dirigentes da República”, citando a nova denúncia contra o presidente Michel Temer que a Câmara dos Deputados terá que apreciar após decisão do Supremo Tribunal Federal.
O deputado acredita que pelo menos cinco pontos da reforma política já são questão fechada na Câmara dos Deputados: a chamada ‘cláusula de barreira’ (norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos) para 2018; o fim das coligações proporcionais para 2020; a janela (troca de partidos) até março; o fim das subfederações e a criação das federações (união de partidos) para atuar durante toda a legislatura, sendo reproduzida no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal com vigência até as convenções para as eleições federais subsequentes. (Carlos Gaby/Colaborador)