Deputado Carlos Marun (E), relator da CPI Mista da JBS e da J&F, e senador Ataídes Oliveira (D), presidente da comissão

A CPI do BNDES e a CPI Mista da JBS farão reunião conjunta nesta quarta-feira (8), às 9h, para ouvir o empresário Wesley Batista, acionista controlador do Grupo J&F Investimentos — responsável pela empresa JBS.

A convocação de Wesley Batista atende a requerimentos de vários parlamentares. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), presidente da CPI Mista da JBS, é autor de um dos pedidos. Ataídes alega que o grupo J&F e seus dirigentes foram beneficiados com pelo menos R$ 8 bilhões oriundos do BNDES, além de empréstimos de valores não divulgados junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil. Segundo o senador, a empresa Eldorado, controlada pelo Grupo J&F, pagou propina para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS.
Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a convocação de Wesley Batista se justifica, pois “o empresário está diretamente ligado ao esquema de pagamento de propinas e de corrupção envolvendo a empresa JBS e o grupo J&F, conforme se verificou através de seu acordo de delação premiada”. Já o deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), argumenta que sua oitiva trará elementos essenciais à condução dos trabalhos das duas comissões.

CPI

A CPI do BNDES foi criada para investigar denúncias de irregularidades nos empréstimos concedidos pelo BNDES no âmbito do programa de globalização das companhias nacionais, em especial a linha de financiamento específica à internacionalização de empresas, a partir do ano de 1997. Autorizada a funcionar até o final deste ano, a CPI tem como presidente o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e como relator o senador Roberto Rocha (PSB-MA).
Já a CPI Mista da JBS, composta por 17 senadores e 17 deputados, foi criada para investigar denúncias de irregularidades envolvendo a empresa JBS em operações realizadas com o BNDES, ocorridas entre os anos de 2007 e 2016. A comissão tem como relator-geral o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). (Agência Senado)