O vice-governador Carlos Brandão foi recebido esta semana pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, em seu gabinete. A pauta incluiu também a presença do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sílvio Pinheiro.
O encontro teve como objetivo discutir assuntos relativos à área da educação, de interesse dos governos estadual e municipais do Maranhão, com foco na execução de obras e análise do Plano de Ações Articuladas (PAR) para o nosso estado.
Juntos, discutiram também sobre o andamento da elaboração de relatórios do PAR, que dá um diagnóstico de cada município maranhense. "Vários gestores municipais ainda não prestaram contas. Isso inviabiliza o acesso a programa como 'Dinheiro na Escola' e 'Alimentação e Transporte Escolar'", explicou presidente do FNDE, com o aval do ministro.
Além desses temas, informações sobre a liberação de recursos de obras e nova previsão para a abertura do PAR também foram debatidas. Como solução para os atrasos nas prestações de contas por parte dos gestores municipais junto ao governo federal, o vice-governador propôs que fosse realizado um seminário com apoio técnico do FNDE, ideia que foi acatada prontamente pelos presentes. "Assim, especialistas do MEC orientarão de forma qualificada cada prefeito para que elaborem, dentre das conformidades, o PAR e prestem as suas contas corretamente e respeitando os prazos estabelecidos", explicou Brandão. O seminário está previsto para acontecer ainda este semestre.
Maranhão e Pará planejam ações conjuntas de combate à malária
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou uma reunião para discutir medidas de prevenção e controle dos casos de malária nos municípios limítrofes entre o Maranhão e o Pará. O encontro aconteceu quarta-feira (3) e quinta-feira (4) na Unidade Regional de Saúde de Pinheiro e teve, ainda, o objetivo de elaborar e sistematizar as estratégias conjuntas a serem adotadas entre os anos de 2017 e 2019 para manter o controle da doença nos dois estados.
Intitulado como 'Reunião de Avaliação dos Municípios Limítrofes dos Estados do Maranhão/Pará ao longo do Rio Gurupi', o encontro teve como tema a 'Situação epidemiológica do Programa Estadual de Controle da Malária no estado do Maranhão e perspectivas para o controle - 2017/2019'. A discussão contou com a participação de técnicos de saúde do Maranhão e do Pará, gestores das Unidades Regionais de Saúde de Pinheiro, Zé Doca, Santa Inês e Bacabal, e representantes de secretarias municipais de saúde.
A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Maria das Graças Lírio Leite, falou sobre a situação epidemiológica da malária no Maranhão. "A malária no Maranhão está sob controle. O número de casos registrados diminuiu de 78.000 para 767, entre os anos de 2000 para 2016. 83% desses casos foram importados do Pará e de países como Guiana, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname. Por isso é importante traçarmos ações conjuntas para evitar contágio e transmissão da doença, especialmente em municípios de risco", disse.
Durante o encontro, além da situação epidemiológica da malária no Maranhão, estão sendo abordadas a situação e as intervenções para o controle no Estado do Pará e o contexto nacional, com as perspectivas para o controle da doença no Brasil. As discussões resultarão em propostas de ações que podem ser desenvolvidas por municípios dos dois estados para controle da doença.
Ações de combate no Maranhão
Com o Programa Estadual de Controle da Malária no Maranhão, o Estado, junto aos municípios maranhenses, tem trabalhado em ações de prevenção, que incluem atividades de controle vetorial, através da borrifação intradomiciliar com inseticida, além de reforço técnico com apoio de profissionais da Secretaria de Estado da Saúde aos municípios e fornecimento de equipamentos de proteção individual, usados na execução das atividades.
O êxito das ações de combate à malária no estado resultou na aprovação do Plano de Demanda de Investimentos para apoio de Eliminação da Malária Falciparum no Maranhão. As ações do plano serão executadas com recurso na ordem de R$ 883 mil, do Fundo Nacional de Saúde (FNS). O investimento será realizado em atividades, que serão desenvolvidas entre os anos de 2017 e 2019, com foco na eliminação do Plasmodiumfalciparum, protozoário parasita causador da malária.
Sobre a malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela fêmea do mosquito Anopheles. A doença apresenta sintomas iniciais como calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia e até delírios. A malária tem cura e possui tratamento adequado, mas pode evoluir para forma grave e até para óbito. A maioria dos casos de malária é registrada nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, que compõem a região Amazônica, área endêmica para a doença.
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