Hemerson Pinto
No primeiro dia de recesso dos 21 vereadores da Câmara Municipal, quatro deles compareceram ao Fórum de Justiça Henrique de La Rocque. O objetivo da visita, feita na manhã de ontem, foi levar ao Judiciário a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a arrecadação e aplicação de recursos da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, nos últimos dez anos, com o município de Imperatriz.
Aurélio Gomes, Rildo Amaral, Marco Aurélio e Carlos Hermes protocolaram no Fórum o mandado de segurança pela reabertura da CPI da Caema. Os vereadores foram acompanhados do advogado Miguel Daladier, que dá suporte aos legisladores de oposição no caso Caema. O advogado disse que a melhor forma de o cidadão imperatrizense revelar o descontentamento com os serviços prestados pela empresa é sempre lembrar os vereadores que votaram a favor do arquivamento da CPI, ação que ele considerou ilegal.
A CPI presidida pelo vereador Carlos Hermes durou pouco menos de 30 dias após ser aprovada sua abertura pela maioria dos vereadores, em sessão ordinária na Câmara Municipal. Antes e depois da aprovação da Comissão, a casa de leis registrou debates importantes, e em alguns casos conturbados, sobre a CPI da Caema. Logo nos primeiros dias de trabalhos da CPI, o vereador José Carlos, líder do governo na Câmara, informou que entraria com um pedido de arquivamento da CPI.
Com as atividades paradas por conta da aprovação do arquivamento, restou à oposição buscar meios jurídicos de continuar as investigações. “Mesmo estando claro para todo o estado o descaso com que a empresa trata a população, foi necessário recorrermos juridicamente o direito de apurar as irregularidades e cobrar soluções”, disse o vereador Aurélio Gomes, relator da CPI.
Após reunião com moradores da Rua Dom Pedro II, no Parque do Buriti, sobre os problemas com abastecimento de água, o presidente da CPI, Carlos Hermes, declarou que “tivemos uma luta muito grande e conseguimos na cobrança resolver o problema do abastecimento de água daquela região. Agora temos outras lutas e conquistas pela frente”.
Segundo Aurélio Gomes, no prazo de até quatro dias os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito terão a resposta sobre a legalidade ou não da CPI.
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