O vereador Marco Aurélio destacou nessa terça-feira (25) na tribuna “Freitas Filho” a audiência pública realizada na segunda-feira (24), no salão do júri, do Fórum Ministro Henrique de La Rocque, pela Vara de Execuções Penais de Imperatriz, sobre o projeto de ressocialização de presos denominado método Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados). “Esse método será o norteador da execução penal na penitenciária de Imperatriz, prevista para ser inaugurada em setembro deste ano, pois essa obra está atrasada e já deveria ser sido concluída”, observa.
O professor Marco Aurélio diz que ficou surpreso ao ter sido revelado o custo anual do preso para o sistema prisional brasileiro, ou seja, cada preso tem um custo médio de R$ 40 mil/ano, incluindo despesas de alimentação, manutenção e operacionalização do sistema prisional de segurança pública.
Ele considera o custo muito elevado para o Estado, defendeu a implantação do projeto de ressocialização e avaliou que o modelo atual submete o preso a reincidência penal no intervalo de menos de cinco anos. “É mais caro hoje ter uma pessoa na prisão que na universidade”, avalia.
O parlamentar submete a questão a uma reflexão da sociedade, pois observa que a maioria das pessoas que cumpre pena é tratada com desprezo e com suspeita de condenação, sem que lhe seja dada uma segunda chance. Ele conclamou a todos para que revejam essa situação, pois entende que apenas retirar o preso do convívio da sociedade não soluciona integralmente o problema, sendo necessário ressocializá-lo para voltar ao convívio comunitário. “Se esse preso voltar pior, é muito [mais] prejudicial à sociedade de um modo em geral”, analisa ele, que “é professor voluntário da unidade prisional de ressocialização de Imperatriz”.
Marco Aurélio ressalta que “o sistema prisional não pode ser abandonado, pois salienta que não se pode falar em segurança pública sem observar a necessidade do cumprimento das penas”. “Gostaria de fazer uma exaltação à sociedade imperatrizense para que olhe para os apenados não com desprezo, mas com o intuito de colaborar com o cumprimento dessa pena de forma promovendo de fato uma ressocialização do preso”, concluiu.
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