A parlamentar sul-maranhense aproveitou para cobrar também a pavimentação da estrada que liga a área urbana de Imperatriz até o novo Campus da UFMA e relatou problemas estruturais das instalações recém-construídas
A deputada Valéria Macedo (PDT) usou a tribuna da Assembleia, na sessão dessa segunda-feira (23), para pedir à governadora Roseana e ao reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, que realizem uma força-tarefa no sentido de remover os problemas que impedem a implantação do curso de Medicina em Imperatriz.
Valéria Macedo fez uma retrospectiva dos passos que já foram dados para tornar realidade o sonho de milhares de maranhenses daquela região - de ver implantado o curso de Medicina em Imperatriz - e, ao mesmo tempo, enumerou os problemas que ainda impedem a concretização do seu pedido. Dentre eles, a deputada citou a transformação do Socorrão e do Hospital Regional de Imperatriz em hospitais-escolas, uma vez que o prazo de seis meses previsto pela Secretaria de Saúde já se findou e o trabalho não foi concluído.
Segundo Valéria, nos últimos dias setores da imprensa de Imperatriz formadores de opinião nas redes sociais têm alertado que há rumores de que o curso de Medicina prometido pela governadora Roseana Sarney para a Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz estaria sendo deslocado para a Faculdade de Imperatriz, a FACIMP, mas nos anais do Ministério da Educação essa informação não é verdadeira. “O que se tem de realidade é que a Faculdade de Imperatriz também tem buscado autorização junto ao MEC para a implantação de um curso de medicina. Isso já é uma luta, inclusive acabei de falar com seu proprietário, o Antônio Leite, isso já há mais de 06 anos”.
“Rendo aqui as minhas homenagens à FACIMP pelo serviço prestado na área de educação superior de Imperatriz e região, nada contra a iniciativa privada, mas o propósito fundamental deste meu pronunciamento é no sentido de pedir uma vez mais à governadora Roseana Sarney e ao reitor da UFMA, Natalino Salgado, que realizem uma força-tarefa no sentido de remover os atuais problemas que impedem a implantação do curso de Medicina, público e gratuito, na Universidade Federal do Maranhão, em Imperatriz”, disse.
Valéria lembrou que a implantação das faculdades no setor público “é prioridade das prioridades, pois os altos custos das mensalidades, que variam entre os valores de R$ 3.500 a R$ 6 mil, afastam as camadas mais carentes do alunado e apresentou dados estatísticos que comprovam a necessidade que tem o Estado do Maranhão de formar mais médicos.
“Estudos técnicos indicam que o ideal seria 2,5 médicos por mil habitantes; a média nacional é 1,8. Mas, aqui no Maranhão, o nosso índice é 0,54 médicos por mil habitantes, ou seja, pouco mais da metade de um médico, para cada mil pessoas. Isso evidencia que há uma demanda reprimida por faculdade de medicina”, argumentou.
Outro problema citado por Valéria Macedo é o que diz respeito ao prédio do Campus Bom Jesus, da UFMA, em Imperatriz, que foi dado como pronto recentemente para receber os cursos de Enfermagem e Engenharia de Produção e o de Medicina, mas já apresenta problemas estruturais.
“Achamos injustificável que um prédio novo, mesmo antes de começar a funcionar, já apresente problemas estruturais. Acredito que o magnífico reitor Natalino Salgado tem que resolver essa questão administrativa, pois esse é um dos problemas que atrapalham o avanço da implantação do curso de Medicina em Imperatriz. Além disso, tem o problema do acesso ao Campus, num trecho de 6 Km, que precisa ser urgentemente resolvido”, observou.
Apartes
Os deputados Magno Bacelar (PV), Eliziane Gama (PPS), Bira do Pindaré (PT) e Antônio Pereira (DEM) fizeram apartes ao discurso da deputada, reconhecendo sua luta pela implantação do curso de medicina em Imperatriz e, ao mesmo tempo, se comprometendo em somar esforços no sentido de buscar a superação dos entraves para a concretização desse objetivo. (Assessoria)
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